Política

Bruno garante candidatura alinhada com Romero, desmente convite do Cidadania e nega articulação com partidos bolsonaristas


08/03/2020

Bruno Cunha Lima é secretário-chefe do Governo, em Campina

Por Redação / Portal WSCOM

Pré-candidato assumido à sucessão na Prefeitura de Campina Grande, o ex-deputado estadual Bruno Cunha Lima (sem partido), secretário-chefe de Gabinete do prefeito Romero Rodrigues (PSD), garantiu que entrará na disputa dentro do bloco de situação, ou seja, sem ingressar em partido que faz oposição à atual administração municipal.

“Dos pré-candidatos, eu fui o primeiro a dizer que sou pré-candidato e estou trabalhando para viabilizar minha pré-candidatura, isso, inclusive, gerou comentários dando a entender de que sou candidato em cima de tudo e de todos, e que não é bem assim”, explicou Bruno Cunha Lima, que complementou: “A minha declaração foi de que sou pré-candidato e trabalho para viabilizar a minha pré-candidatura, porque todo e qualquer pré-candidato quando entra num debate junto com os presidentes de partido, junto das pessoas que fazem a política e, sobretudo, das pessoas da cidade, do comércio, do setor industrial, das universidades de Campina, enfim, quando se vai debater sobre isso, você precisa representar duas coisas, a primeira é a viabilidade eleitoral, ele precisa mostrar que é capaz de ganhar uma eleição, que é bom de urna; a segunda característica é o interesse coletivo, não é só você ter capacidade de ganhar, mas entender se as pessoas que estão em sua volta têm interesse, se a cidade tem interesse que você ganhe, que aquele projeto que você dispõe é interessante, fazer com que as pessoas possam votar e apoiar”.

APOIO DE BOLSONARISTAS

Lembrado por alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro como candidato bom para o projeto, em Campina Grande, o secretário negou qualquer tipo de articulação, porém, agradeceu algumas citações públicas, citando, inclusive, o deputado estadual Wallber Virgolino (Patriotas).

“Apesar de conhecer algumas pessoas próximas do presidente [Jair Bolsobaro], ainda não tivemos nenhuma articulação nesse sentido, isso é uma coisa que deverá acontecer a partir da deflagração da pré-campanha, com o final do prazo de filiações. Isso posto, é que se iniciarão os diálogos”, frisou.

INGRESSO NO CIDADANIA

Questionado se teria sido assediado por interlocutores do governador João Azevêdo para ingressar no Cidadania, Bruno Cunha Lima afirmou que as especulações em torno do seu destino partidário são normais, porém, negou qualquer tipo de contato com os governistas.

“Isso nunca aconteceu, eu nunca falei e nunca autorizei ninguém de minha equipe a procurarem interlocutores de partido e, dizer também não houve nenhuma busca ativa por parte, pelo menos que tenha chegado a minha ciência, do Cidadania em busca dessa filiação. Confesso que não faz parte do meu planejamento”, frisou.

“Existem as candidaturas governistas, oposicionistas e as que seguem o estilo de independência. Eu não me vejo, não especulo e não faz parte do planejamento topar fazer parte de uma candidatura oposicionista”, assegurou o secretário, que garantiu o anúncio da sua futura legenda após diálogo com os partidos que integram a base de sustentação.

“O meu prazo é o prazo da Lei, a Lei estabelece até o dia 4 de abril, mas não quero deixar para o último dia. A decisão partidária sairá nos próximos dias. Vamos chegar e conversar com essas pessoas chaves e mostrar aquilo que defendo”, disse.

ELEIÇÃO ATÍPICA

Por fim, Bruno Cunha Lima avaliou que o pleito municipal de 2020 será atípico, diferente dos demais, em que prevalecerá o debate entre modelos administrativos.

“Não será uma eleição em que se debaterão e vão se enfrentar partidos ou pessoas, não será uma eleição personalista, será uma eleição em que se debaterão modelos, e eu vou mostrar o meu modelo”, concluiu.



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