O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), criticou o projeto de passaporte da vacina, sancionado e regulamentado pelo Governo do Estado da Paraíba para garantir a segurança contra a Covid-19 em estabelecimentos comerciais no Estado. Ele disse que a medida está sendo discutida com enfoque político.

Leia mais: João Azevêdo assegura ida à Justiça caso Campina Grande sancione veto ao passaporte da vacina

“Esse tema está sendo discutido sobre enfoque da política, visão eleitoral, não sobre a visão sanitária e segurança de saúde. Se é tão relevante, necessário e urgente a apresentação do cartão, o Governo do Estado levou 60 dias para regulamentar a lei”, declarou à Tv Cabo Branco.

Bruno se disse favorável à vacina, mas apontou que a viabilidade do passaporte tem que ser analisada sob foco econômico, além da crise sanitária vigente.

“Sou favorável à vacina, tomei as duas doses, estou na expectativa da terceira e tomarei a quarta se preciso. É importante ter a discussão sobre o ponto de vista sanitário e econômico, imagine você obrigar um dono de restaurante que não vai vender um almoço a uma família que esqueceu do passaporte da vacina”, argumentou.

Ele ainda questionou o poder de fiscalização do Estado: “o Governo do Estado tem força para fiscalizar os 223 municípios? Vai ser exigido cartão para entrar nos ônibus, ir à feira, o mercado da Torre. Funcionar em alguns locais ou não, dá a impressão que é discussão politica, quando deveria ser sanitária”.

Passaporte

Na Paraíba, é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19, com esquema vacinal completo, para ingressar e permanecer em bares, restaurantes, casas de shows, boates e estabelecimentos congêneres, em teatros, cinemas, nos eventos sociais, corporativos e esportivos em todo o território estadual, desde que a imunização já tenha sido disponibilizada para a faixa etária correspondente.

Diante da retomada de atividades que geram aglomerações, como shows e torcida em estádios de futebol, surgiu a iniciativa da utilização de um passaporte vacinal. O documento, físico ou eletrônico, é um comprovante de imunização e tem como objetivo, além de aumentar a segurança diante desses eventos sociais, estimular a população a buscar a vacina.