O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), declarou nesta segunda-feira (26), em entrevista a Rede Arapuan de Comunicação, que o maior legado da sua gestão a frente da presidência da República é um governo sem corrupção. O gestor federal também teceu elogios ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a postura de João Azevêdo (Cidadania), e governadores do Nordeste, na condução do Estado no período de pandemia, e declarou sua paixão pelo ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD).

“O grande legado que nós podemos dizer que estamos deixando é a honestidade. Nós estamos em dois anos e meio de governo sem qualquer ato de corrupção”, declarou Jair Bolsonaro em entrevista exclusiva a rádio Arapuan FM.

Bolsonaro enfatizou que vem conseguindo fazer um governo eficiente com um orçamento menor que o dos seus antecessores. De acordo com o presidente, “o dinheiro tratado com zelo rende mais”.

Ao falar sobre o enfrentamento da pandemia no país, o presidente afirmou que não pode agir como gostaria diante da situação. Em 2020 o STF deu autonomia para que os governos estaduais e municipais tomassem decisões de acordo com a realidade de cada região no combate ao coronavírus.

“Uma catástrofe no mundo todo, e no Brasil não foi diferente. Muitas mortes que no meu entender poderiam ser evitadas, uma boa parte delas, se outras providências pudessem ter sido tomadas, já que o governo federal não pode tratar desse assunto, no tocante ao tratamento inicial”, disse Jair Bolsonaro.

O presidente também criticou a postura do governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), e demais governadores do Nordeste, na condução do Estado no período de pandemia. O Consórcio Nordeste, do qual fazem parte os nove estados da região, tomou medidas em conjunto durante os momentos mais críticos da crise sanitária.

“Nós vencemos uma pandemia onde muitos governadores, e o da Paraíba não foi diferente, fechou todo o comércio, destruiu milhões de empregos informais, decretou lockdown, toque de recolher. Ou seja, as pessoas mais necessitadas ficaram sem o seu ganha-pão”, disse o gestor.

Questionado sobre a atuação do paraibano Marcelo Queiroga a frente do Ministério da Saúde, Bolsonaro teceu elogios e disse que a Paraíba tem um excelente cardiologista.

“Em relação aos ministérios, eu mando, e tem que obedecer, existe uma hierarquia. Em grande parte das ações ele tem liberdade para levar o projeto para frente. Eu teria pouquíssima coisa para falar contra o Queiroga. Em 90% do que ele faz, eu estou de acordo com ele.” (…) “Está de parabéns a Paraíba pelo excelente cardiologista que tem a frente do Ministério da Saúde”, afirmou.

Ainda sobre o cardiologista Marcelo Queiroga, Bolsonaro respondeu sobre as especulações em torno de um futuro político para médico.

“Vários ministros têm me procurado, e têm dito da intenção em disputar ou um governo do estado, ou um senado, ou ate mesmo para deputado federal, mas nenhuma conversa foi aprofundada com o Queiroga neste sentido. Eu acho uma pessoa extremamente competente, para assumir qualquer função pública no Brasil. Se ele quiser meu apoio, a gente conversa e discute as bases. Eu estou disposto a apoia-lo”, enfatizou Bolsonaro.

Apoio na Paraíba

Ao falar sobre apoio a qualquer candidatura para governador da Paraíba, Jair Bolsonaro assumiu uma postura cautelosa, entretanto, teceu elogios ao ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). O presidente adiantou que o processo eleitoral no Estado passa por Romero e apostou na polarização entre esquerda e direita.

“Não quero precipitar o lançamento de candidaturas, eu acho ainda muito cedo para tratar desse assunto.” (…) O que posso falar do Romero Rodrigues: estive com ele em Campina Grande e me tratou muito bem. aí na Paraíba em 2016. Eu sou apaixonado por Romero. A eleição vai ser polarizada. Aí na Paraíba não vai ser diferente. No caso aí será entre a extrema-esquerda e o centro-direita. Romero é uma pessoa que gosto muito dele e obviamente, na Paraíba, a eleição passa por Romero”, destacou Jair Bolsonaro.

Julian Lemos

Questionado sobre o deputado federal Julian Lemos (PSL), ex-companheiro de legenda do gestor federal, Bolsonaro preferiu se abster da resposta. “Eu não quero polemizar com esse parlamentar, então essa é uma das perguntas que eu prefiro não responder.”, retrucou o presidente.

Confira a entrevista completa: