Morreu nesta segunda-feira, 9, aos 75 anos, o ex-deputado estadual Arthur Paredes Cunha Lima, um nome importante da política da Paraíba, carregando o sobrenome de um clã com uma trajetória de influência no Estado. O ex-presidente da ALPB estava internado no Hospital da Unimed, em João Pessoa, onde enfrentava problemas de saúde. 

Nascido em 19 de dezembro de 1949 em Campina Grande, Arthur se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 1982. Começou na política jovem, como vice-presidente do Centro Estudantil de Campina Grande, além da sua atuação como escrevente no Cartório Ivandro Cunha Lima em 1968 até 1970.

O caminho para o Parlamento

Na sua carreira, ele ocupou diversos cargos na administração pública do estado e no múnicipio. Foi secretário de Administração da Paraíba em dois períodos (1991–1994 e 1995–1996), também atuou como secretário-chefe da Casa Civil (1994–1995), secretário de Cidadania e Justiça (1996–1997) e secretário da Administração de João Pessoa (1997–1998). Arthur foi chefe do escritório de representação do governo estadual em Campina Grande em 2005 e 2006.

Arthur Cunha Lima foi eleito deputado estadual por três mandatos consecutivos, em 1998, 2002 e 2006, e finalmente presidiu a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nos anos de 2007 à 2009 e 2009 à 2011. Durante esse período, chegou a assumir o cargo de governador interino do Estado, em fevereiro de 2009.

Tribunal de Contas e a Operação Calvário

Em 2010, Arthur renunciou à presidência da ALPB para assumir como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), um cargo no qual permaneceu por mais de dez anos. No biênio 2015–2017, presidiu a Corte de Contas.

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Sua trajetória foi marcada por algumas polêmicas, como em 2019, que o ex-parlamentar foi afastado do TCE por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito da Operação Calvário, que investigava os desvios de recursos públicos nos setores de saúde e educação na Paraíba. Assim, Arthur se aposentou do Tribunal em dezembro de 2024.

A morte de Arthur Cunha Lima foi confirmada durante uma sessão do TCE-PB nesta segunda-feira, 9, pelo presidente da Corte, conselheiro Fábio Nogueira, que suspendeu os trabalhos como um sinal de respeito. O velório e sepultamento devem ocorrer em Campina Grande.