Do peso ao caos: De Rocha Festival fecha 2025 exaltando o Underground Paraibano

João Pessoa realmente vive um momento muito importante em relação à cena underground. São vários acontecimentos que surgiram em apenas um ano: o Rock na Usina, com seis edições e um festival; casas como Caravela, Vila do Porto e Mofado Bar, movimentando a cidade com diversos shows; o Pátio da Música Urbana, nosso marco zero, fomentando apresentações e colocando em evidência o projeto Beco Underground, que recentemente recebeu o título de Patrimônio Imaterial e Cultural de João Pessoa. Festival Natal Brutal! Foi muito movimento em 2025 e, para fechar a tampa da chaleira, aconteceu o Festival De Rocha, que a gente vem idealizando desde julho e essa resenha de hoje é justamente sobre ele.

O evento se iniciou no Palco Vila, na Vila do Porto, e aproveito para agradecer a Ramon por ter entrado com a gente nessa produção, somando demais!

A ideia foi abrir o evento com a banda Tempora, representando a nova geração, que trouxe o público mais jovem e vem crescendo, já deixando frutos como novas bandas e novas pessoas entrando de cabeça na produção. Destaque para Matheus Andrade, com suas fotografias iradas, e Vieira Cooper, que teve a iniciativa de fazer um curta sobre a banda Cólera em João Pessoa. E temos também uma turma que já vem ajudando muito a cena como a Mortífera Mag com Beatriz fazendo muito conteúdo e o Role dos Lisos de Maxwell sempre comunicando os eventos com eficiência além das produtoras Otimismo e Toró. Fico empolgado com isso e espero que cada vez mais pessoas e CNPJs surjam para contribuir e enriquecer ainda mais a cena.

 

 

Tempora

Pão Mofado

Long Way Home

Ainda no Palco Vila, tivemos apresentações icônicas: Tempora, com seu metal crazy e fodido; Pão Mofado, trazendo um punk rock divertido e instigante; e quem fechou a chave do Palco Vila foi a Long Way Home, com um indie rock que terminou o show com gostinho de “quero mais” (queremos mais shows em 2026, viu!).

Antes de iniciar o Palco Largo, no Largo de São Pedro, tivemos a solenidade em homenagem a Rodrigo Rocha. Tive a honra de abrir a solenidade explicando que, nos dias atuais, temos muito mais facilidades para fomentar o underground e fazer acontecer. Sabemos que ainda existem obstáculos, mas estamos no caminho certo. Como citei antes, Vieira Cooper, com um celular, conseguiu produzir um curta muito bom. Hoje temos muitos recursos vamos registrar tudo! Que venham mais produtoras, mais pessoas dispostas a criar e produzir. A cena precisa disso.

Solenidade de Homenagem a Rodrigo Rocha

Rodrigo, em sua época, tinha pouquíssimos recursos se comparados aos de hoje, mas fez muito mais do que muitos de nós. Conseguiu espaço em jornal com uma coluna (Canal Zero), produziu shows inclusive, Igor Ayres citou no palco que um dos primeiros shows que tocou foi graças a Rodrigo. Ele nos deixou um legado que precisamos abraçar e dar continuidade.

Após minha fala, o vereador Marcos Henriques, fundamental para que esse evento acontecesse ao viabilizar o recurso necessário para a produção, fez uma fala sucinta, ressaltando que o underground esteve esquecido, mas que agora está junto conosco e que pretende fazer cada vez mais pela cena.

Em seguida, veio a vez da pessoa mais importante, Vitória, mãe de Rodrigo. Muito emocionada, ela recitou um poema e abrilhantou ainda mais a homenagem. Logo após, a irmã de Rodrigo, Thays, cantou junto com a banda Musa Junkie uma música de George Harrison, que era a preferida de Rodrigo: My Sweet Lord. Foi uma pausa que valeu demais.

No palco ainda estavam Bob Zacara, amigo de Rodrigo que o ajudou na produção de eventos inclusive quando o Planet Hemp tocou aqui pela primeira vez e Ana Rogéria, amiga de Rodrigo, que nos ajudou a fazer a conexão com Bob e Vitória.

Depois da solenidade, Edy fez algumas falas, já que também era muito amigo de Rodrigo, e o Musa Junkie assumiu o palco tocando seus clássicos. Na sequência, tivemos a Unidade Móvel, dando uma aula de rock; a Banda Crânio, trazendo seu thrash clássico e destruindo tudo; Necrópolis, banda veterana e exemplo de resistência com seus 40 anos de estrada com Óliver, vocalista e grande amigo de Rodrigo, subindo ao palco com a camisa da Disunidos, banda que também deveria estar no evento, mas está em pausa no momento (voltem!).

 

 

Musa Junkie

Unidade Móvel

Crânio

Necrópolis

Headspawn

Por último, a Headspawm, com direito a homenagem de Alf para nossa produção, comemoração do aniversário de Matheus Andrade e aquele som pesado, muito bem executado. A banda ainda anunciou novidade: em 2026 vem trabalho novo por aí.

É isso, galera. As bandas paraibanas estão cada vez mais qualificadas e mostrando que podem fazer som em qualquer lugar do mundo! Finalizo parabenizando também os colegas de produção Guga, Jarlen, Joh, Conga, Rafael, Polly e Vitor Branco.

Faço aqui um adendo nessa resenha, intimando meu amigo Fábio Nosferatus e quem mais quiser se juntar para produzir um documentário que será muito importante para nossa cena: Beto Vive!

Esperamos que 2026 seja um ano de muitos shows e muitas produções. Vou deixar também o link do vídeo Rock em João Pessoa, que Rodrigo produziu, para quem ainda não conhece.

 

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