A Justiça Eleitoral brasileira inicia os preparativos para o processo de 2026, no qual serão definidos os nomes dos representantes do Poder Executivo e Legislativo. Há um ano da realização da eleição, representantes do judiciário já se pronunciam sobre o caldeirão de sentimentos que se constrói em torno da política nacional. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, falou sobre o papel do povo nos pleitos e o protagonismo que lhe cabe.
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“Por ser o principal protagonista das eleições, o povo deve ter pleno conhecimento do que se passa em todo o processo eleitoral. No dia 4 de outubro de 2026, o cidadão e a cidadã brasileiros votarão democraticamente naquilo que é de sua titularidade plena e única: a escolha dos seus representantes”, destacou a ministra.
Estão aptos a votarem na Brasil 155.912.680 eleitores, dos quais 129.198.488 possuem biometria registrada, o equivalente a 82,87% do eleitorado, enquanto 26.714.192 não tem ainda a sua biometria registrada, equivalendo a 17,13% do total. Do total de eleitores aptos a votarem no país 135.385.313 ainda são obrigados a votar enquanto 20.527.367 podem optar por votar ou não.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Desembargador Oswaldo Trigueiro Filho, também destacou algumas das novidades que marcarão o processo eletivo do próximo ano. Segundo ele, um dos destaques é o fato de que o TSE indicou aos Tribunais Regionais que abandonem metodologias próprias para que se garanta o estabelecimento uma metodologia integrada que padronizará os processos em todos estados.
“Para chegar nesse ponto o que teremos que fazer? Esse foi um cronograma trazido pelo TSE, muito importante, teremos datas, prazos e a forma que isso será feito”, explicou o magistrado. Segundo Oswaldo, o grande desafio é ter a metodologia integrada e padronizada em todos os tribunais eleitorais do Brasil após o modelo já ter sido aplicado na Paraíba em outubro de 2024.
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O que está em disputa
Na Paraíba, os eleitores votarão para a escolha dos deputados estaduais, que compõem a Assembleia Legislativa. Os candidatos disputarão as 36 vagas disponíveis na Casa de Epitácio Pessoa. Também no Poder legislativo estarão em disputa as 12 cadeiras da bancada paraibana na Câmara dos Deputados e duas das três bancadas no Senado Federal. Neste ano os paraibanos também escolherão um novo governador e votarão para ajudar na escolha do novo presidente.
Quanto custará
Neste mês de outubro a Comissão Mista de Orçamento da Câmara aprovou uma instrução normativa para aumentar o Fundo Eleitoral em R$ 3,9 bilhões, passando de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bi em 2026.
Disputas na Paraíba
Na Paraíba, alguns nomes já surgem como pré-candidatos para a disputa do Poder Executivo em 2026. O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), foi o primeiro político do estado a se apresentar como pré-candidato ao governo estadual e atualmente vem defendendo a pretensão de ser o “candidato de Lula” na Paraíba disputando o cargo pelo PT.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena também é pré-candidato ao poder executivo do estado. O gestor da Capital era um dos principais nome do bloco governista, mas recentemente rompeu com o agrupamento ao se desfiliar do Progressistas e anunciar a manutenção de sua pré-candidatura, apesar da postura favorável de João Azevêdo com relação ao nome de Lucas Ribeiro (PP).
O vice-governador Lucas Ribeiro (PP) é atualmente tido como o pré-candidato de continuidade do grupo governista. O progressista deverá assumir o governo no próximo ano, caso o governador João Azevêdo decida deixar o cargo para poder disputar o senado federal em 2026. João já chegou a afirmar que estando na função Lucas terá o direito natural de disputar a reeleição.
Efraim Filho foi o primeiro dos nome da oposição a se lançar como pré-candidato ao governo estadual pela oposição. O senador conta com o apoio do bolsonarismo paraibano ao seu nome e hoje é visto como candidato da porção mais à direita da população do estado.
Pedro Cunha Lima foi o segundo colocado nas eleições ao governo em 2022, tendo sido derrotado pelo governador João Azevêdo, que foi reeleito na ocasião. O ex-deputado federal tem mantido sua postura de oposição ao governo estadual desde então e mantém seu nome como uma das principais opções da oposição para novamente disputar o executivo no próximo ano.
O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga surge como candidato ao Senado pela direita. Segundo colocado nas eleições para a prefeitura de João Pessoa em 2024, o cardiologista se apresenta como candidato de Bolsonaro para o pleito. Ainda na porção mais a direita há também a pré-candidatura do ex-deputado Major Fábio. O militar deverá se lançar candidato pelo NOVO.
O senador Veneziano Vital do Rêgo é pré-candidato e deverá disputar a reeleição usando sua aproximação do ex-presidente Lula como um fator para atrair o eleitorado. O governador João Azevêdo é especulado como outra opção de pré-candidato lulista na Paraíba. Assim como Veneziano, o gestor é aliado de primeira hora do chefe de Estado. O prefeito de Patos, Nabor Wanderley é esperado para disputar o Senado no próximo ano complementando a chapa governista que disputará as eleições.