Germano Romero: “acredito na qualidade de avaliação dos acadêmicos muito além da velha política”

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Por Walter Santos

EXCLUSIVO – O arquiteto, cronista e multimidia Germano Romero anda animado com o cenário de disputa pela cadeira de seu pai, Carlos Romero, depois do processo deflagrado dia 20 de março, mesmo estando diante de dois concorrentes fortes, os empresários e escritores Roberto Cavalcanti Ribeiro e Ney Suassuna.

Germano Romero se diz animado com o feed-back obtido ao longo dos últimos dias. E acentua como motivação da disputa o alto nivel dos acadêmicos. “Acredito na qualidade de avaliação criteriosa dos acadêmicos, muito além dos valores comuns à atividade política”, comentou. Para acrescentar:

– A Academia é um ambiente apropriado para o culto à sabedoria e ao discernimento e, por conta disso, de avaliações sensatas. Daí estarmos dispostos ao diálogo sincero e saudável com cada um dos trinta e nove acadêmicos, sempre respeitando a escolha pessoal e individual. – frisou ele. Lembrando que “é com esse nível de confiança nos princípios de sensatez dos sábios acadêmcios e acadêmicas que esperamos um processo eleitoral altivo, muito além, repito, dos velhos modos de se fazer política”.

QUEM É – Arquiteto renomado e Bacharel em Música, com extensa incursão nas letras sob influência e afinidade literária com seu pai, exímio cronista, Germano Romero se apresenta como um personagem muito envolvido com as letras e artes produzindo textos que se aproximam muito do estilo paterno.

Além de contribuinte à estética qualificada e reconhecida nas muitas obras arquitetônicas de João Pessoa, ao longo de 37 anos de profissão, ele confessa ser um autor influenciado pelas artes literárias vivenciadas nas muitas viagens ao redor do mundo, condição esta que o fez multimidia apresentando ao mundo do turismo conteúdos de forte apelo artístico e cultural ora na TV MASTER ora na RCTV, onde produziu programas por vários anos.

A CANDIDATURA – Ele se apresenta ainda como opção na disputa pelo significado de sua trajetória intelectual, a influência do saldo do acadêmico Carlos Romero e ainda por ter sido estimulado por acadêmicos e acadêmicas.

– Sabemos dos valores em curso sempre respeitando a conduta e escolha dos acadêmicos, portanto, em nome da história, dos valores humanos, do alto nível da Academia esperamos poder sensibilizar o conjunto dos acadêmicos à altura do significado de todos eles – finalizou.

GERMANO ROMERO ESCREVE EM A UNIÃO CRÔNICA SOBRE ANA ADELAIDE

Está de parabéns o jornal A União pela feliz escolha dos três novos colunistas de cultura. Ana Adelaide Peixoto Tavares, Angélica Lúcio e André Cananéa. Aquisições excelentes, em áreas diversas, com larga experiência, cada qual muito bem posicionado em seu galho.

Ana Adelaide, conhecemos de longas datas. De afeto e de literatura. Suas crônicas serão um deleite matinal extra para todos nós, leitores deste jornal, pois são textos com gostinho de café e pão fresco. Não é de hoje que, nas andanças mundo afora, ao nos encontrarmos com recantos bucólicos, floridos, seja à beira de um lago, no sopé florido de uma montanha ou numa praia deserta, sentimos logo a vontade de ali relaxar, na companhia de seus livros…

Ana escreve e descreve as coisas e o que sente de maneira simples, doméstica, bucólica, suave, e, ao mesmo tempo, quando é necessário, com a devida carga dramática. Tanto é capaz de se lançar nas memórias solenes de quando se encorajou mar adentro, com água ao nível dos ombros, para lançar, no belo Atlântico, as cinzas cremadas de seu amado Juca, como de se referir, poeticamente, ao barulho da enceradeira que lustrava os pisos da casa de Tambaú, na infância praiana, sob os cuidados de dona Terezinha.

Sabe ser crítica e bem posicionada, na hora certa, sobretudo quando defende as políticas justas, sem extremismos fanáticos nem exacerbação de ânimos. Tudo em Ana é elegante e bem dosado.

Ao lê-la, somos invariavelmente tomados por um sentimento de déjà-vu, dada a nitidez de sua emoção, que logo se mescla à nossa. Parece até que já passamos, em alguma fase ou momento de nossas vidas, por fatos semelhantes. Sua descrição detalhada e perfumada com a observação sutil, vem do olhar que ultrapassa o lado prosaico das coisas e enxerga beleza e poesia onde muitos não veem. Ou seja, um olhar de cronista. Talvez, por essa refinada sintonia com os aromas do cotidiano, passado ou presente, histórico ou moderno, ela tenha escolhido a crônica como estilo preponderante de sua produção literária.

Mas não se restringe às minúcias e miudezas cotidianas o universo de Ana Adelaide. Em sua coluna do portal Wscom, dá para se ter uma ideia de como são diversificados a pauta e o foco de seu olhar. Fala com a mesma leveza do cinema, como uma de suas favoritas expressões culturais, das artes plásticas, das viagens, de seu permanente namoro com as belezas britânicas e italianas, da boa e saudosa música pop, assim como das questões feministas sadias e das políticas públicas para um mundo melhor.

Enfim, uma leitura deliciosa, sempre com aquele sabor realmente cativante de vida, vida que passou, vida que passa, ou ainda vem. Tudo com prazer atual. Até o seu saudosismo, muito longe de ser piegas, tem um paladar presente. Ela sabe dar à nostalgia do que viveu o toque contemporâneo, centrado, pé no chão. Sempre demonstrando que a experiência ensina e amadurece. Sempre demostrando o lado da vida que é bom de ser vivido e bem degustado. Um tanto afinada com o amado pai, Carlos Romero, que tão bem ocupou o espaço que agora é dela. Bem vinda, Ana!

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