Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil* Brasília
O governo brasileiro não pode, entretanto, obrigar as crianças e seus familiares a retornarem ao Brasil. Segundo o Itamaraty, a maioria expressiva manifesta o interesse de permanecer nos Estados Unidos, ainda que para isso tenha de aguardar decisão das autoridades locais.
No caso daqueles que optam pelo retorno voluntário, seus processos têm ocorrido segundo as leis americanas, com o acompanhamento dos consulados brasileiros, que colaboram na intermediação entre os envolvidos e na reunião dos documentos necessários.
Em maio, o governo do presidente Donald Trump adotou a política de tolerância zero àqueles que tentam atravessar ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos. Enquanto os adultos são presos, as crianças são enviadas a abrigos.
O Itamaraty reforçou ainda que, desde a adoção dessas medidas, o governo brasileiro tem “feito chegar ao governo norte-americano, em diferentes momentos, seu firme desagrado com uma prática que considera cruel e em franca violação de instrumentos internacionais de proteção aos direitos das crianças”, diz a pasta.