Política

Análise de Walter Santos sobre cumplicidade do STF com Temer repercute no 247

STF E TEMER


31/07/2017

A análise do jornalista e empresário Walter Santos sobre a cumplicidade do Superior Tribunal Federal (STF), com o presidente Michel Temer, repercutiu no Brasil 247, nesta segunda-feira (3).

"Negar provimento ao recurso para estancar os escândalos em curso termina por intuir e fazer especialistas concluirem que, omitindo-se, ela se faz cúmplice, ou seja, avalista de todos os procedimentos produzidos abertamente pelos lideres políticos envolvidos", afirmou Walter.

Leia na íntegra:

STF se faz cúmplice dos desvios e abusos comprovados de Temer, Aécio e cia ao se omitir de sua missão

Em pleno ano de 2017, fase de avanços imensuráveis em diversas ambiências da inovação mundial permitindo a transparência dos fatos, mesmo assim e, apesar de tudo, a vida democrática brasileira é abalada com procedimentos comprovadamente ilícitos de uma Gang que se instalou no País sob o comando do PMDB, PSDB, Temer, Aécio, etc – conforme delações, documentos e provas vastas, entretanto, o Supremo Tribunal Federal se faz "mudo", "cego", "ouvido de mercador" transformando-se em cúmplice de todas as conspirações desde o Impeachment de Dilma Rousseff por não cumprir com sua missão de zelar pela Constituição Federal.

Como pode, o presidente da República assumir pessoalmente o comando de operações de compra de votos e pressão direta aos integrantes da Câmara Federal em processo no qual é o principal acusado sem nenhuma medida corretiva do Supremo?

POR QUE TEMER?

Aliás, se há comprovação de interferência de Michel Temer nesse processo provocado pela Procuradoria Geral da República usando recursos públicos para aliciar deputados/eleitores, por que o STF – através de sua digna presidenta Carmen Lúcia, se recusou e recusa-se a assumir o papel constitucional afeito ao Supremo?

Negar provimento ao recurso para estancar os escândalos em curso termina por intuir e fazer especialistas concluirem que, omitindo-se, ela se faz cúmplice, ou seja, avalista de todos os procedimentos produzidos abertamente pelos lideres políticos envolvidos.

Agindo assim, arrasta todo o STF à mesma vala de nada valer.

STF AGIRA ANTERIORMENTE

Ora, se o Supremo agiu lá atrás reestabelecendo o processo democrático e constitucional ao afastar o então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, por abuso de poder e ações no cargo para tentar produzir resultados favoráveis aos seus desmandos diante de fatos e comprovações, por que agora a presidenta do STF se recusa a fazer o mesmo em contexto semelhante, aliás mais agravado sob a condução do presidente da República?

Por que a recusa e/ou omissão? Afinal o que está por trás desta atitude e receio?

AÇÃO RÁPIDA TERIA OUTRO RUMO

Se bem que, tomando por base os fatos concretos comprovados ao longo dos últimos tempos, a realidade brasileira seria bastante diferente se o STF tivesse agido com Eduardo Cunha desde o começo do processo de Impeachment quando já se tinha fatos desabonadores contra ele, por isso a PGR já pedia seu afastamento antes do Impeachment, logo a conjuntura em torno de Dilma não se daria como aconteceu porque o STF teria cumprido sua missão, mas no caso, à época, preferiu omitir-se.

Só veio agir depois, quando o Impeachment havia se sacramentado.

OMISSÃO SE MANTERÁ?

Não há um só noticiário politico que não traga reportagens, declarações e entrevistas comprovando o abuso de Poder de todo esquema de Poder em torno do palácio do Planalto, mas tudo acontecendo sem um pio do Supremo Tribunal Federal.

Se é assim, se existem escândalos comprovados sem ação do STF, para que ele serve, enfim, se não cumpre com sua missão constitucional neste caso de Temer?

Como saldo, enfim, só a expressão de realidade triste e melancólica de prejuízo com custos imensuráveis para várias gerações!

O Brasil não merece um Supremo exemplo de retrocesso.



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