Política

A menos de 24 h da eleição, PMDB oficializa candidatura de Renan à presidência d

CONGRESSO NACIONAL


31/01/2013

Cinco anos após renunciar ao cargo de presidente do Senado sob suspeita de corrupção, Renan Calheiros (PMDB-AL) é o favorito para presidir novamente a Casa pelo próximo biênio. Embora seja o mais cotado para assumir a função, a sua candidatura somente foi oficializada pelo partido no final da tarde desta quinta-feira (31), menos de 24 horas antes da eleição. A candidatura foi confirmada pelo senador Valdir Raupp (RO), presidente em exercício do partido. Segundo ele, o nome de Renan foi aclamado por unanimidade.

Até a manhã de hoje, o PMDB negava que Renan fosse oficialmente candidato. A eleição para a sucessão de José Sarney (PMDB-AP) está marcada para sexta-feira (1º), às 10h. A votação é secreta e o senador precisa da maioria dos votos (41) para ser eleito.

"Obedecendo à proporcionalidade, o PMDB, com a maior bancada, tirou a indicação do senador Renan Calheiros para a presidência do Senado. Já está oficialmente indicado pela bancada", afirmou Raupp.

O presidente do PMDB negou que houvesse qualquer constrangimento por parte da legenda ao indicar o nome de Renan. "Em absoluto [há constrangimento], o senador Renan não tem nenhuma condenação. É um líder nato, construiu dentro da bancada e fora dela [apoio], portanto, deve ser eleito na manhã de amanhã para a presidência do Senado Federal."

Renan enfrentará o senador Pedro Taques (PDT-MT). Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que chegou a se lançar como pré-candidato, retirou seu nome da disputa na tarde desta quinta em favor de Taques.
Renan deixou a cadeira em dezembro de 2007 e quase perdeu o mandato no auge do chamado "Renangate". Julgado pelo plenário, acabou absolvido por um placar de 40 votos a 35 (e seis abstenções). Ele foi acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista ligado a uma construtora.



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