Hugo Motta nega acordo com oposição para encerrar ocupação do plenário da Câmara

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7) ter feito qualquer tipo de negociação com parlamentares da oposição para pôr fim à ocupação do plenário da Casa. A mobilização, liderada por deputados bolsonaristas, durou quase dois dias e paralisou os trabalhos legislativos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista coletiva, Motta foi enfático ao afirmar que não houve compromisso com a pauta apresentada pela oposição, que inclui a votação da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o fim do foro privilegiado. “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, declarou.

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A declaração veio após parlamentares da oposição afirmarem que desocuparam o plenário na noite de quarta-feira (6) com base em um suposto acordo com a presidência da Casa para que suas demandas fossem ao menos consideradas. O protesto foi marcado por momentos de tensão, com empurra-empurra entre deputados e resistência dos oposicionistas em deixar o local.

Apesar do fim da ocupação, a condução de Motta durante a crise foi alvo de críticas. Deputados da base do governo consideraram sua atuação hesitante e avaliam que o presidente da Câmara demonstrou fraqueza diante da pressão exercida pelo grupo bolsonarista.

O episódio é um dos primeiros grandes testes de Hugo Motta à frente da Câmara dos Deputados. Ele assumiu o comando da Casa interinamente após o afastamento de Arthur Lira (PP-AL), e a forma como lida com situações de alta tensão política pode influenciar diretamente na consolidação de sua liderança.

Até o momento, a oposição segue pressionando pela inclusão de suas pautas na agenda do Legislativo, enquanto a base aliada monitora os movimentos da presidência da Casa em meio às disputas que marcam o cenário político nacional.

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