A postura adotada pelo estado de Israel frente à opinião pública internacional é tema de debate por especialistas que acompanham o conflito travado entre o país sionista e seus vizinhos de maioria árabe. Em conversa com a reportagem do Portal WSCOM o cientista político Sérgio Ferraz falou sobre as posturas adotadas ante à comunidade de países e as estratégias usadas para tentar vender-se como uma localidade segura, próspera em comparação aos vizinhos.
Sérgio analisou a imagem de vítima que Israel consegue promover ante a comunidade internacional e de que apenas responderia as agressões sofridas, seja da parte dos estados de maioria árabe ou de organizações radicais que atuam na região. “É que é que a extrema-direita israelense que está no poder, ela infelizmente tem conseguido jogar com uma confusão em parte as pessoas de se colocar como a única representante do povo judeu”, explicou.
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Segundo o cientista político, o estado de Israel atua para que o mundo veja o país como um sinônimo de povo judeu, se valendo de ser um país criado após o holocausto promovido pelo regime nazista na Alemanha para fortalecer essa imagem de intérprete e única entidade capaz em nome do povo. “E isso é uma mentira. Existem muitos judeus, existem muitas associações judaicas, existe uma grande militância judaica no mundo extremamente crítica a política agressiva de Israel, aos massacres, ao militarismo”.
“Uma coisa é o povo judeu que merece nosso completo respeito, solidariedade por conta de tudo que passou. Outra coisa é o Estado de Israel, que é um fator de instabilidade, um fator de desorganização da ordem internacional”, define. Para Sérgio, essa confusão gerada por essa apropriação do discurso dos governos israelenses recentes é um perigo para a paz mundial.
