A semana começa com uma série de novidades políticas, inclusive na pré-disputa senatorial da Paraíba, também sempre diante das ameaças do presidente Bolsonaro contra a normalidade democrática, mas o fato é que em cada terreiro do Brasil conviveremos com suas especificidades a mexer no tabuleiro de 2022. Atentem para a viagem de Lula ao Nordeste com fortes impactos.
Neste contexto, no caso da Paraíba tem fato novo no PT apresentando o ex-presidente e ex-candidato a prefeito de João Pessoa em 2002 e depois ao governo em 2016 defendendo a Democracia e a inclusão social, hoje sob ameaça, de nome professor doutor Charliton Machado.
CONJUNTURA
É evidente que desta feita tem um fato diferenciado que é a presença do ex-governador Ricardo Coutinho na parada de retorno ao PT com seu acervo importante do passado agregado de conotação negativa dos efeitos da Operação Calvário na fase final. Em tempo: não se pode deixar de reconhecer o saldo de governo e o amplo direito de defesa ao ex-governador, mas o tempo derradeiro tem repercussão ruim.
Este é o drama que nem o PT Nacional, local, nem os aliados de RC aceitam conversar, mas é caso sério de efeito negativo e que pode respingar em Lula.
Neste particular, Charlinho como é também conhecido, não tem porque temer pois nunca agiu fora dos preceitos normais que, agora, queiram ou não queiram, este aspecto entrará no debate em torno do ex-presidente.
Ainda tem como muito importante a hipótese de aliança com partidos e lideranças de outros espectros ideológicos e estratégicos, como o governador João Azevêdo, o senador Veneziano Vital, o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, é o deputado federal Aguinaldo Ribeiro. Nesse particular, RC é um entrave na relação com atual governador.
O PAPEL DE CHARLITON
Se formos abordar com amplitude a realidade político-partidária, a inserção de Charliton Machado chega abrigando a condição de pré-candidato ao Senado pelo PT, mesma postulação de RC.
É evidente que a dimensão do ex-governador é bem maior mas, só para lembrar Eduardo Suplicy disputando candidatura com Lula em 2002, no PT a situação abriga a cultura da disputa.
Charliton tem histórico de militância e serviço prestado ao PT, está disposto e se sente motivado diante dos vários nomes citados na disputa senatorial, inclusive fora do partido, por isso precisamos acompanhar e aguardar os desdobramentos deste cenário interno petista.
Como se vê, no PT o processo de construção abriga muito debate. Seja como for, que vença a democracia.