Os arquivos do celular de Marcelo Odebrecht, cuja delação premiada cita vários políticos importantes, como Michel Temer, serão compartilhados com ministros do Supremo Tribunal Federal após uma autorização do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.
Em seus depoimentos, Odebrecht contou que Temer pediu R$ 10 milhões para seu partido, o PMDB, do Palácio do Jaburu, quando era vice-presidente. Desse valor, R$ 4 milhões teriam sido repassados em dinheiro a Eliseu Padilha, ministro forte de Temer, e o restante para a campanha de Gabriel Chalita em São Paulo. A Odebrecht elaborou ainda um anexo exclusivo sobre Temer no acordo de delação.
O celular de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do País, foi apreendido na 14ª fase da Operação, em junho de 2015, quando ele foi preso. O STF investiga políticos com foro privilegiado, como parlamentares, governadores e ministros.