Em Brasília, terra de fatos extraordinários e de repercussão imensa na sociedade brasileira frente a muitos de seus atos, como se deu nesta terça-feira preservando o mandato do senador Aécio Neves, o tempo foi de festa privada para poucos setores tradicionais da Política partidária comemorando o resultado da votação, na contramão da alta reação negativa nas Redes Sociais contra os senadores / eleitores de Aécio respingando em todos, mesmo quando é fundamental admitir que existam outras posturas alinhadas com a opinião pública.
Neste contexto, antes de abordarmos o caso Romero Jucá, note-se o alinhamento dos três senadores da Paraíba – Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Raimundo Lira em torno do senador Aécio, ou seja, a favor da preservação do mandato, mesmo diante de gravíssimas denúncias minimizadas pelos parlamentares sob argumento de que o processo sequer ouvira o Mineiro.
JUCÁ EXECUTA O QUE PROMETERA
Antes da queda da Dilma Rousseff, Jucá fora o mais ousado dos estrategistas do Golpe ao assumir em gravação que o MPF deu pouca importância na conversa com o ex-senador Sérgio Machado que tudo precisaria ser feito para tirar a à a presidenta eleita porque só assim livraria – os de punições mais severas.
No uso inverso da sabedoria, Jucá tem domínio estratégico como poucos para sobreviver com a maior cara de pau. Coincidentes entre, ele é foi o último orador a defender Aécio. Ele tem motivos de sobra.
ALÉM DA FESTA
Aécio não foi poupado à toa, logo ele responsável direto por toda a trama contra Dilma precisava de reciprocidade de parte de seus pares em volume que o livrasse até da cadeia.
A operação deu certo no seu (de outros também) intento de interesses comuns diante de toda as cenas de desvios de conduta e de dinheiro público escancarados.
Mas, mesmo em meio a um cenário favorável, será que Aécio está livre mesmo de ser o que não era, corajoso ao andar por aí falando de ética e boa conduta? Na prática, ele foi salvo pelo corporativismo, nunca da língua do povo.
EFEITOS NA PARAIBA
Em tese, e em 2018, anotem no caderno este fato Aécio deve respingar no próximo ano na relação dos três senadores com os eleitores durante a campanha já que são candidatos.
Há desgastes? Certamente que sim, sobretudo no senador Maranhão pela condição de candidato ao governo embora seu pessoal o ache blindado.
O fato é que no contexto, o governador Ricardo Coutinho se consolida no contra-ponto longe desse desgaste.