O resultado das eleições para a Assembléia Nacional Constituinte na Venezuela durante todo o domingo com a participação de mais de 8 milhões de eleitores é tudo o que a Direita venezuelana, os Estados Unidos e o capital internacional de olho no petróleo jamais queria que acontecesse. Mas aconteceu.
A análise de agora expõe uma abordagem diferenciada do que expõem toda a Midia conservadora e cúmplice do anti-chavismo, do governo socialista de Maduro, por quanto o saldo da convocação e participação reflete a manutenção do comando à base de processos que não foram implodidos como queriam a Oposição, os EUA e países à Direita como o Brasil.
ANTES DA DIFICIL REALIDADE
A Venezuela vive um estágio de exceção porque há tempo os Estados Unidos insistem em querer interferir no Governo central por interesse nos recursos minerais do País, em especial o Petróleo, já que 60% é exportado para os americanos, da mesma forma que eles não aceitam a existência consolidada de um Governo socialista em solo sul-americano, perto do seu nariz intervencionista.
Na realidade, Nicolas Maduro sobrevive com o apoio da banda social extensa como deu demonstrações neste domingo e com “mão-de-ferro” para enfrentar Oposição bancada pelo Capital internacional com milícias privadas, mas tendo a reprimenda à altura do sucessor de Hugo Chaves.
Na prática, o resultado deste domingo se traduz na mais fragorosa derrota americana porque vai precisar conviver com o Referenda da Constituinte recém concluída.
JOGO VAI ENDURECER
É certo que com a Oposição não aceitando o resultado, a Venezuela passará por mais momentos de crise, sobretudo com efeitos na economia já registrando inflação agalopante e desabastecimento, entretanto, a nova realidade política de composição da Assembléia Nacional com domínio dos representantes populares ungidos sem a participação dos Oposicionistas dará respaldo que não havia para Maduro se manter na luta e avançar para resistir ao boicote e ao interesse neo-liberal.
A POSIÇÃO DA RÚSSIA
A primeira manifestação russa sobre o resultado da Venezuela: “Esperamos que aqueles membros da comunidade internacional que querem rejeitar os resultados das eleições venezuelanas e aumentar a pressão econômica sobre Caracas mostrem contenção e renunciem a estes planos destrutivos que podem aguçar a polarização da sociedade venezuelana”, advertiu um comunicado do Ministério de Relações Exteriores russo, chefiado por Sergei Lavrov; o Brasil, hoje comandado por um governo ilegítimo, sem voto e rejeitado por 95% da população, foi um dos países que se negaram a reconhecer os resultados da eleição venezuelana.
SINTESE
O fato é que a nova realidade na Venezuela insistirá na luta pela soberania venezuelana até que outras Grandes Potencias se aliem e não permitam o esmagamento de uma forma de governo Socialista, cujos índices de crescimento do IDH e do PIB nesta fase ideológica são escondidos da Grande Midia porque empoderou as classes D, E e C – tudo o que não querem classe media e ricos venezuelanos.
A guerra vai continuar, mas agora Maduro tem mais respaldo interno para resistir o quanto pode.