Houve um tempo em que o Brasil tinha na Ordem dos Advogados e da Associação Brasileira de Imprensa as entidades mais importantes e indispensáveis para o combate ao arbítrio e às tentativas de imposição então pela Ditadura. Nas bases estaduais, a OAB e a API eram trincheiras em favor da Democracia e o Estado Democrático de Direito.
Nada mais acima ou abaixo, apenas a imposição da Justiça conquistada na luta dá sociedade com apoio dos advogados e dos jornalistas.
Fora o tempo em que a Folha de São Paulo e a Veja interpretavam a resistência pela Democracia, simplesmente.
A ESSÊNCIA DA CONJUNTURA
Em termos nacional e estadual perdemos essa Referência, posto que as entidades entraram no labirinto da omissão e, de alguma forma, perderam o protagonismo político acima dos partidos.
São inúmeros os casos do passado recente encobertos pelo retrocesso da covardia e da inexistência de condição moral para enfrentar os excessos visíveis de setores da Justiça, do MPF, da PF e da Mídia sem um pio sequer de contestação.
Segundo Juristas nacionais e internacionais, o Brasil vive a aplicabilidade do Lawfare – processo dos tempos modernos flagrando o uso da Justiça para fins de perseguição localizada e de efeito seletivo para uns em detrimento de todos.
PARA QUE SERVEM ENTÃO?
Para regabofes certamente que não, mas sim na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito sem absurdos e arbitrios cometidos pela falsa moral e do argumento vendável de combate à corrupção, quando serve aos interesses dos conchavos institucionais velados promovendo o desmonte de Constituição Cidadã de 1988 – tão difícil de ser conquistada.
A OAB omissa em alguns aspectos e cúmplice em outros manejos políticos sequer serviu para imoralmente ser descartada publicamente pelo Líder de grandes negócios e então presidente da Câmara Federal , Eduardo Cunha, por não prestar sequer saber argumentar um projeto pelo Impeachment de Dilma Rousseff jogando no lixo seu passado de referência e zelo pela Democracia.
São muitos os dados, alguns até atacando a prerrogativa da profissão de Advogado passando por desmoralização como nunca se vira, também sem uma voz mínima da OAB.
NA PARAIBA, O SILÊNCIO COMPROMETEDOR
Não se trata de critica apenas aos presidente João Pinto e Paulo Maia, mas às duas categorias como um todo porque, lamentavelmente, as duas entidades estão omissas e na contramão da História.
São muitos os ataques à Cidadania com ameaças permanentes a Direitos adquiridos historicamente – vide as últimas reformas em processo de efetivação – diante do silêncio sepulcral da API e da OAB.
Até quando, enfim, viveremos sob a Guia da submissão e do retrocesso doloroso?
AINDA HÁ LUZ NO TUNEL
Felizmente a CNBB resolveu fazer a diferença quando os Bispos do Brasil decidiram agir contra a perda de direito dos cidadãos brasileiros. E vão dialogar com os fiéis nas Igrejas.
A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), enfim, está convencida de que reformas como a trabalhista e a previdenciária, nos moldes propostos pelo governo do presidente Michel Temer (PDMB), podem até atender aos apelos do mercado, mas deixam de fora interesses básicos do cidadão –justamente o maior afetado por elas, e o que menos ou nada foi chamado a participar dessa discussão.
O grupo de Bispos que se reuniu com representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras centrais sindicais no debate por uma agenda de mobilização contra as reformas, pretende abordar o assunto também nas missas.
Pior, é que o pau invariavelmente quebra nas costas dos mais fracos e isto, ao menos, a API e o OAB deveriam se insurgir fortemente.
Ainda há tempo de superação.
ULTIMA
“Pra frente é que se anda…”