Crepita, cresce nos bastidores da cena dos servidores civis e militares do Estado a articulação de movimentos em busca de reivindicação de ajustes salariais e outros benefícios às diversas categorias. No meio de tudo, nota-se a presença de líderes e pessoas sem querer aceitar a dura realidade econômico-financeira do Estado e do país partindo para fomentar radicalidades até de – vejam só – de puxar greve dos Policiais Militares.
Embora o argumento público seja o da retração salarial, parte envolvida quer mesmo é criar o caos dentro da lógica irresponsável do quanto pior melhor. A raiz da questão está na crise de relacionamento político de setores da Oposição contra o Governo.
RADICALIZAR NA NEGOCIAÇÃO
A questão principal não está em primados constitucionais que impedem a Polícia Militar de fazer greve, mas na imperiosa necessidade de que haja negociação permanente à base da realidade orçamentária do Estado porque, do contrário, seja construir uma conjuntura de inconsistência para honrar e fazer cumprir acordos até salariais.
Trocando em miúdos, o tempo presente exige bom senso para dar passos seguintes com melhor aplicabilidade posto que, a Paraíba não é ilha de exceção nacional para implantar condições até meritórias, mas que não podem excluir o fator realidade financeira.
Em síntese, qualquer cogitação de greve na PM de traduzirá neste momento em contrassenso e irresponsabilidade a ser cobrada de quem ouse ir de encontro à realidade possível de trato salarial.
A Paraíba não tem necessidade nenhuma de conviver com a grave situação do estado do Espírito Santo, por isso nunca poderá deixar de haver bom senso e negociação realista.