A audiência, a essência do diálogo e as propostas além de intrigas

Na essência, o primeiro encontro de trabalho entre o presidente da República, Michel Temer, e o governador do Estado, Ricardo Coutinho, extrapolou o limite da má vontade ou distanciamento geralmente aguçado quando se estar em crise distante da conduta republicana.

A audiência desta quarta-feira mostrou um nível elevado de trato sobre algumas das questões mais urgentes, que passa pelo apoio à governabilidade via entendimentos, e de ações públicas para resolver a gravidade, por exemplo, da falta de água no Nordeste e na Paraiba, em particular.

ALÉM DA POLITICA

O governador mostrou-se sereno quando motivou meios de refletir como construir a governabilidade à base do diálogo, tanto que lembrou o fato de ter apoio a chapa Dilma / Temer quando o PSB havia fechado com Aécio.

Já ali, em 2014, lembrou Ricardo, ele propunha um conjunto de ações estruturantes para resolver ou minimizar os problemas graves no campo hídrico, ou seja, a existência de um outro eixo – via o Rio Piancó, mais o sistema adutor da Borborema, cobrindo todo o Cariri, todo o Curimataú.

Para isso, ponderou o governador, bem que a Bancada Federal poderia destinar recursos para essas obras indispensáveis em termos de urgência no Estado. Não será matéria consensual na relação com os deputados federais, mesmo assim a ponderação não é à toa.

VISÃO DO ENSINO

Ricardo inseriu na agenda um assunto que é nacional e estadual: a reforma do ensino médio. Com conhecimento de causa na correlação de força envolvendo classes representativas, o governador ponderou ainda ao presidente que reveja a posição da PEC do Ensino Médio solicitando a retirada da MP e o inicio de nova discussão à qual ele pretende contribuir, se houve convocação.

De fato, é matéria a ser considerada da mesma forma que a reflexão.

OUTRAS QUESTÕES 

Ricardo ainda tratou do Porto de Cabedelo como alternativa de futuro para novos negócios e mostrou números fiscais do Governo pontuando que a Paraiba está em condições de concretizar novos empréstimos aprovados no Senado Federal para incremento no Caixa, da mesma forma que o dinheiro da repatriação.

Trocando em miúdos, a audiência esteve à altura dos dois governantes.
 

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