O mundo acompanhou com atenção o ato histórico conduzido pelo presidente dos Estados Unidos neste domingo, 20, de pisar em solo cubano pela primeira vez depois de 88 anos sem a presença da mais importante autoridade americana em Havana. O fato de superação do enfrentamento ideológico entre Capitalismo e Comunismo gerador de guerra fria e sanções econômicas danosas bem poderia servir de lição para os brasileiros afoitos no retrocesso ideológico semeando ódio contra partidos e lideranças socialistas no Brasil.
Ressalte-se que o último presidente americano presente em Havana foi Calvin Coolidge, em 1928. Obama quebra o gelo e tabu.
Americanos e cubanos tinham, sim, motivos de sobras para nutrir o desafeto das relações quando o mundo se via dividido entre dois grandes blocos ideológicos, a partir da força dos EUA e aliados versos então URSS mais Cuba, etc, entretanto, a diplomacia foi mais forte permitindo que comunistas históricos como Fidel Castro admitisse, como se efetivou, a reabertura das relações entre os dois mais importantes países.
UM BRASILEIRO NESTA OPERAÇÃO
Além do Papa Francisco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como líder da América do Sul contribuiu para a construção da superação dos embargos comerciais que produziram efeitos e estragos sem igual à Ilha, sobretudo depois da queda do Comunista e o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Lula, nos dois mandatos como presidente do Brasil, elevou para fora do País o status de negociador qualificado em diversos problemas graves no mundo, entre eles a crise entre EUA e Cuba, assim como no caso do Irã e na defesa intransigente para a constituição do Estado Palestino, algo que Israel insiste em querer impedir, sem falar na construção da Unidade entre os Paises sul-americanos raiz do Mercosul, hoje combalido pela crise política brasileira.
O EXEMPLO EXTENSIVO NO BRASIL
O fato concreto deste domingo histórico celebrando o fim do ranço ideológico e a construção de nova fase bilateral entre os dois Países bem que poderia servir de exemplo, repito, para os brasileiros de perfil ideológico à Direita conscientizarem-se da importância de que conviver com o outro de posição ideológica diferente porque somente com tolerância política poderemos dar um salto de qualidade nas relações humanas.
O clima de enfrentamento entre aliados do PSDB e cia na correlação com simpatizantes do PT e demais partidos de esquerda por conta da conjuntura política do País contaminada com falso moralismo em torno dos escândalos de corrupção precisa se dar um basta porque só gera retrocesso, diferentemente do que propõe americanos e cubanos.
A saída está na política, como sentenciou Max Weber em seus estudos científicos e sociais, portanto, nunca é demais tirar lições dos que têm muito mais moral para falar sobre conflitos ideológicos, a exemplo de Cuba e EUA.
AINDA JOSÉ DIRCEU
Não tivesse sido apeado pela Direita brasileira e internacional com o envolvimento e condenação sem provas no Mensalão, quem teria sido presidente do Brasil era nada mais nada menos do que o temido ex-Ministro José Dirceu.
No exercicio do Poder certamente teria se envolvido com esse processo de reaproximação entre americanos e cubanos.
UM PARAIBANO EM NOVA YORK
Quem já está residindo em NY é o jovem diplomata Marcelo Costa, filho de renomados paraibanos Ceicinha e Wamberto Costa. Ele assume a partir desta segunda-feira a representação brasileira na ONU compondo a equipe do Itamaraty.
Trata-se de um excelente quadro diplomático, que deixou a Medicina para conviver nas relações internacionais.
Ele lembra muito outro paraibano da Diplomacia, Baracuhy, até ano passado na Embaixada do Brasil na China.
ULTIMA
“Mamãe eu quero ir à Cuba/
Ver as coisas lá…”