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Em 2015 o lucro líquido da empresa Google foi de 16 bilhões de dólares, a partir de seus serviços de venda de anúncios patrocinados. A empresa atingiu um valor de mercado da ordem de 547 bilhões de dólares, passando a ser durante 24 horas a mais valiosa do mundo á frente da Apple. A Airbn, que presta serviços de hospedagem domiciliar através da internet faturou 900 milhões de dólares e um valor de mercado que atingiu 24 bilhões. Está presente hoje em 30.000 cidades, e incomoda a rede de hotéis Marriot, que detém 5500 hotéis e faturou 14 bilhões no mesmo ano. E a Uber, com apenas sete anos de vida no mercado, uma prestadora de serviços automobilísticos via rede, concorrendo com empresas de taxis e outras, presente em 58 países, atingiu valor de mercado de 60 bilhões de dólares.
O que afinal estas empresas tem em comum? Em tempos de neuromarketing, em que a velocidade das coisas, do lançamento de produtos e serviços atinge 20 vezes mais do que no passado, quando eram necessários 100 a 200 anos para que acontecessem novas descobertas; elas trabalham com novos gurus do pensamento. São estes gurus que arriscam sua inteligência impactando o mundo dos negócios com efeito de ponta, na casa e na vida dos consumidores do planeta.
Mas, qual o diferencial destes novos gurus? A maioria se concentra no Vale do Silício, norte da Califórnia, Estados Unidos, onde estão também as mais importantes empresas hi-tech, de tecnologia do mundo como Apple, Google, Microsoft, Twitter, Facebook, LG, Netflix, Dell, HP, Yahoo, Nokia, Sony, Siemens e muito outras. Eles são encorajados por universidades, laboratórios de pesquisas do governo, e empresas privadas. O olhar dos novos e mais influentes pensadores do mundo está voltado para as Start Ups. Sim, aquelas empresas que nascem do nada e rapidamente ganham escala global. Eles são executivos, investidores e empreendedores em séries e participam do Thinkers 50, um ranking dos maiores gurus emergindo com ideias de futuro. Muitos vieram da Universidade de Harvard, outros vieram de diversos lugares do mundo.
Michel Porter e Clayton Christensem, 1º e 2º colocados no ranking, Eric Ries consultor da GE, Niloter Merchant, ex Apple e que lançou já mais de 100 produtos gerenciando 18 bilhões de dólares em vendas para seus clientes, são alguns dos nomes da nova inteligência do mundo. Eles são apoiados pelo sentimento gestor de um mundo melhor, inovador, com regras em que se propõem ganhar dinheiro, porém ofertando serviços de valor para os habitantes da Terra.
Cientistas que auxiliados com a mais moderna tecnologia demoram menos de dois anos para, por exemplo, descobrirem soluções para vírus como a Zyka e outros, soluções para abastecimento d´água, dessalinização, e outros projetos tecnológicos em seus diversos setores da vida moderna. O Smarth que você carrega colado ao corpo, carros inteligentes que dirigem sozinhos, balões que transportam acesso à internet para locais de difícil comunicação e muito outras ideias nascem desse empreendimento inteligente de pessoas que se juntam para melhorar a vida.
Diferente das velhas e tradicionais empresas que resistem a mudanças, em tempos de neuromarketing é importante estarmos atentos para as novas tendências e o impacto de mercado que elas propõem. Em outras palavras estamos referindo ao novo modelo proposto de avanços para uma vida atual e futura.
A nova geração de gurus do pensamento e novas tendências manda avisar: Enquanto se deter políticas que deixam passar fome estudantes nas portas de suas universidades e hospitais com centros de pesquisa abandonados e pacientes jogados em corredores, estejam certos que estaremos ainda muito atrasados. Enquanto elegermos políticos míopes que nada investem em inteligência de mercado, escolas, universidades, start ups, centros de pesquisa e tecnologia, estamos correndo sério risco de ficar no passado.
Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing. g.sabino@uol.com.br
Escrito por: Gil Sabino
