O relacionamento humano pressupõe a interação social como importante para a realização pessoal dos indivíduos. Sentimos a necessidade de sairmos do isolamento individual para a vida coletiva. Portanto, passamos a compartilhar uma vivência em comum com outros.
Essa carência de proximidade com o outro é o que estabelece a afirmação de vínculos que denominamos de intimidade. Os envolvimentos interpessoais exigem, em determinadas oportunidades, que rompamos as barreiras da individualidade para repartirmos com outros sentimentos de apreço, consideração e respeito. Em outras palavras, a intimidade, é a base de qualquer relacionamento saudável, seja na amizade ou no amor.
Viver a intimidade é revelar-se mutuamente sem medo ou resistência, conhecendo reciprocamente anseios, desejos e segredos. Na intimidade chegamos a um grau de interação tal que tornamo-nos invasores de privacidades, portadores de sonhos e expectativas comuns; construtores de histórias em parceria só possíveis quando há um encontro de almas, desvendando o interior desconhecido do outro.
Estou falando da intimidade emocional, não a física. Reflito sobre a intimidade que faz perene um relacionamento. A liberdade sexual e a facilidade da intimidade física, produzindo contatos de corpos que só acontecem em ambientes de privacidade, não formam vínculos, sendo expressão única de desejos carnais.
É importante saber escolher com quem possamos viver uma intimidade emocional. Ser íntimo, emocionalmente de alguém, é tornar-se familiar, cúmplice nos sentimentos e nas atitudes, confidente e companheiro em qualquer circunstância. É viver uma relação sem máscaras ou disfarces, apoiada na sinceridade e na verdade.
• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.