A simplicidade

 

A simplicidade é um comportamento difícil de ser exercido num mundo de competitividade. Estamos sempre procurando dar valor à vaidade da aparência e do status social em que desejamos viver. A ambição humana volta-se para a necessidade da busca do supérfluo, do desnecessário, e faz com que as pessoas se tornem arrogantes, prepotentes, exibicionistas.

Não podemos confundir simplicidade com pobreza, humildade. Entendo que a simplicidade é uma manifestação da alma, do espírito. Ela é expressão da naturalidade, da autenticidade, da liberdade em agir sem a preocupação de ser agradável aos outros. A simplicidade é espontânea, não é uma atitude forjada, artificial.

A beleza das coisas simples está no desapego ao luxo, â sofisticação. A simplicidade está na sabedoria de saber viver bem com o que se tem, sem a ânsia de ter sempre mais, mesmo que prescindível. Ser simples é não ter medo de expor suas fragilidades, é ser alguém despretensioso no sentido de nunca querer ser superior aos seus semelhantes. É não se distanciar de si mesmo, ser legítimo, sem esquecer sua verdadeira essência.

Ocorre que a pressão do mundo moderno nos leva, sem que percebamos, a desprezar esses conceitos. Ficamos condicionados a assumir uma vida em que a exposição de nossas qualidades, a ostentação de riquezas materiais são valores que determinam um padrão de vida consonante com as exigências sociais. Portanto, não é fácil se desvencilhar dessas concepções equivocadas para adotarmos uma vida simples, sem nos submetermos à força de um mundo consumista, onde o que vale é o poder e o patrimônio.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

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