“Paraíba, joia rara”

 

 

A música de Tom Oliveira “Paraíba, joia rara”, composta em 2011, é um verdadeiro hino de exaltação das coisas boas que nosso Estado apresenta com orgulho e amor. Fala das riquezas naturais, históricas e culturais de nossa terra e do entusiasmo com que o autor proclama a felicidade de ter nascido paraibano.

 

“Aqui o sol nasce primeiro/E tão desinibido/E a lua exibe um estrelato/Com tanta beleza/Que até o algodão se empolga/ E já vem colorido/Exibições inexplicáveis/Da mãe natureza”. A Paraíba tem a singular condição de ser o local onde o sol nasce primeiro nas Américas, pela posição geográfica de sermos o ponto mais avançado desses continentes. E continua Tom Oliveira, registrando a experiência ímpar de produzirmos um algodão colorido orgânico, como se fora um presente da natureza aliado à tecnologia inventiva do talento paraibano.

 

“Aqui até os dinossauros/Fizeram morada/E a gente pode ao som/De Jackson pandeirear”. No alto sertão existem vestígios de que aquela região foi o habitat dos dinossauros, na pré-história, o que se transformou na atualidade um motivo de atração turística que chama a atenção do mundo inteiro. Somos um povo alegre, um celeiro de grandes nomes da música nacional, e dá Jackson do Pandeiro como exemplo na manifestação do espírito festivo de nossa gente, não obstante tantas agruras vivenciadas. Nada abate o ânimo, o entusiasmo e a coragem dos que moram na Paraíba.

 

“Ouvir a voz que na bandeira/Ficou estampada/Dar frutos/ Que o tempo e a história/Não vão apagar”. Vai buscar na palavra estampada em nossa bandeira a memória de um evento histórico, que realçou o denodo e o destemor, que fizeram o Brasil conhecer o valor cívico da Paraíba. É a marca da bravura que nem o tempo, nem a história poderá deixar de ser lembrada.

 

“Eu sou da Paraíba é meu esse lugar/A cara desse povo tem a minha cara/Encanto de beleza que me faz sonhar/Lugar tão lindo assim pra mim é joia rara”. A altivez com que faz a aclamação da vaidade de ser da Paraíba o seu lugar. Essa é uma característica do paraibano. Uma gente simples, mas que transmite encanto, simpatia, hospitalidade, que conquistam quantos nos visitam. Uma terra cheia de belezas naturais que permitem fazer sonhar quando estamos distantes. Uma exuberância de encantamento que pode ser comparada a uma joia rara.

 

“Que bom estar no ponto mais oriental/Astrologicamente ser um ariano/Rimar com um augusto tão angelical/Eu sou muito feliz, eu sou paraibano”. Localizada no extremo oriental das Américas, a Paraíba é berço de expoentes da cultura nacional. Ao se referir à particularidade de ser astrologicamente um ariano, o autor quis destacar a importância da obra de um paraibano ilustre, Ariano Suassuna. Ao dizer que quer rimar com um augusto angelical, realça a extraordinária produção literária de um dos maiores poetas do Brasil, Augusto dos Anjos. Por fim, se diz um homem feliz, simplesmente por ser paraibano.

 

· Integra a série de crônicas “PENSANDO ATRAVÉS DA MÚSICA”

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