{arquivo}SÃO PAULO – Mesmo distante (em tese e geograficamente) das questões gerais de nossa aldeia, entre elas a Política, volta e meia me vejo tomado de impulso para avaliar a conjuntura paraibana, em particular de João Pessoa, movida por uma intensidade louca de se gerar fatos políticos, em alguns casos fermentados por outros interesses.
E vamos direto ao assunto: o conselho do vereador Fernando Milanez sugerindo afastamento do governo Luciano Cartaxo do ex-prefeito Luciano Agra é o que se poderia dizer no bairro da Torre de gol contra nessa hora em que, chegado 2014, o agrupamento no Poder precisa fortalecer táticas e pactos ampliados para enfrentar bem a disputa deste ano.
Em qualquer peleja, sobretudo na Política, embora tudo se passe em torno de projetos, debates e promessas de solução, na prática vence quem soma mais. Se isto é verdadeiro, por que tratar de dividir ou subtrair o que, em conjunto, se consolidou como forte?
Ora, dentro desta conjuntura, o prefeito Cartaxo precisa se blindar das táticas de intrigas e partir para o exercicio da Política com P maiúsculo ampliando o Núcleo Central adotando o caminho óbvio da conversa franca, seja com quem for, para afastar as diferenças e criar pactos consistentes, cuja postura se não exercida deixa o cenário inconcluso e próspero de abrigar intrigas.
Se quer ampliar mais ainda o projeto em curso, volto a dizer, tem que sentar com todas as lideranças, entre elas Agra e Nonato Bandeira, demais aliados e o próprio PT discutindo e consensuando compromissos para a construção de um projeto com efeito administrativo onde se saiba o tom já dado por Cartaxo como novo Lider do processo.
Tudo o que for feito com debate franco e confiança certamente vai permitir ao prefeito, que faz uma gestão operosa e de resultados, poder ampliar as conquistas do Conjunto. Do contrário, se partir da para intriga, enfrentará dissabores desncessários.
Em política, tem que Politicar com P maiúsculo, pois de outra forma é reproduzir a lógica do governador Ricardo Coutinho – esta com danos irreparáveis nas relações políticas e pessoais. Não é o melhor exemplo, ao contrário só intui fugir desta lógica.