{arquivo}A consolidação do jornalista Luis Torres como novo Secretário de Comunicação do Governo do Estado é assunto recorrente em muitas rodas sociais e políticas, embora na essência seja algo já aventado há meses, desde quando a astúcia e capacidade de Nonato Bandeira desplugaram-se de vez do projeto Ricardo Coutinho.
Se não é novidade, deva-se registrar que o alinhamento do competente profissional de Mídia já por si só servia de credenciamento para, volta e meia, falar-se na possibilidade dele ascender à SECOM diante da sabida saída de Estelizabel Bezerra com vistas à disputa proporcional deste ano.
A figura de Luiz Torres, pelo menos em semblante, desanuvia em tese a cara carrancuda que Estela estabeleceu ao longo de sua gestão à frente da SECOM reproduzindo “in totum” o mau humor do Chefe de forma desnecessária porque, entre outras missões, o titular da difícil pasta da Comunicação tem de fazer o que o chefe nem sempre faz, precisa apontar outros caminhos e não só repeti-lo.
É a partir deste dado que vamos saber muito em breve qual o verdadeiro papel e perfil de Luiz Torres porque só cara bonitinha e sorridente também não resolve, até pela difícil tarefa de agora em diante.
Ao assumir o cargo, ele ganha e perde. Na primeira condição ascende a um Posto almejado, de status, só que perde definitivamente sua imagem de profissional plural porque passa a ser carimbado como Ricardista, algo cujo tamanho do valor e efeito ele vai saber quando da passagem seguinte, de seu término de missão, ao tentar retornar aos espaços midiáticos.
Há muitos testes de fogo à frente porque o jogo vai exigir dele, não palavras rebuscadas em textos de Blog, mas habilidade para conviver com estratégias negociais e políticas com veículos e profissionais, da mesma forma que com outros segmentos fora desse escopo, afora ter de conceituar ao lado dos Estrategistas de Propaganda a imagem do governador e do governo, aparentemente a mesma coisa e não são.
Trocando em miúdos, o “verdadeiro futuro” Luiz Torres será descoberto na fase da crise braba, mais na frente, daqui a algum tempo, quando do enfrentamento com a Oposição e outros setores da sociedade, porque 2014 será palco de um dos mais fortes embates dentro e fora da Paraiba.
Aí, quando tudo isso acontecer, haveremos de conhecer o Luiz Torres por inteiro, o gestor diante da crise, muito além da boa sorte que possamos desejá-lo pelos méritos indiscutíveis que tem.
Como diz o refrão, a luta continua.
