Encerrada a fase final de mexidas partidárias, já é possível vislumbrar um cenário de projeção da disputa de 2014 com alguns dados bem definidos. O primeiro deles é que existem dois grupos de partidos / lideranças afetados para cima ou para baixo. O outro grupo é de partidos secundários, mas expressivos para seus dirigentes, o caso especifico de PSD (Rômulo Gouveia), DEM (Efraim Morais) e PTB (Wilson Santiago).
O cenário do PT/PP/PSC precisa ser tratado como bloco, onde emblematicamente mas em densidade eleitoral evidenciou-se a filiação do presidente da OAB, Odon Bezerra ao PT.
Mas, na disputa maior entre PSDB, PSB e PMDB, ficou claro que o senador Cássio teve maior robustez no número e qualidade dos apoios/filiações recebidos pois tirar Iraê Lucena do PSB tem valor simbólico, afora outros nomes que retornaram à legenda, a exemplo de Armando Abilio, Carlos Dunga, Coronel Kelson.
O partido do governador considera Hervazio, Buda Germano, ex-deputado Jeová (PT) como relevâncias, embora não haja essa dimensão eleitoral toda.
O PMDB – leia-se o ex-governador José Marnahão – teve uma baixa significativa com a saída de Benjamim Maranhão e o vereador João Almeida, além do mais, coincidentemente, não apresentou nenhuma novidade de adesão expressiva. Perdeu mais que aumentou.
O EMBLEMÁTICO DEM
Chamou a atenção o fato dos deputados Assis Quintans, Lindolfo Pires, Branco Mendes, terem ficado no DEM. O motivo principal, mesmo que Efraim Morais desminta, é que se eles saíssem o partido ia pedir os mandatos. Eles esperam o partido de Marina, mas este caiu da Rede.
Resultado: Efraim se mantém com time expressivo mas sabendo que este é muito mais cassista do que efraiista ou ricardista – deste certamente não é nem será mais.
É como se tivesse chegado a um ponto onde todos ganharam, o DEM se mantendo sem grandes desfalques e Cássio “namorando” de longe essa harmonia.
ROMULO E PRESENÇA DE RUY
Outro fato a merecer comentário foi a presença do presidente do PSDB, Ruy Carneiro, na festa de Romulo Gouveia na frente do governador Ricardo Coutinho. O vice-governador mostrou que é considerado pelo chefe do executivo e pelo senador, que não foi, mas mandou o presidente falar em boas relações.
Para onde, então, vai o vice-governador? Certamente, dirão os filósofos da Torrelândia, para quem garantir sobrevivência futura e não só da eleição de 2014.