Existem pessoas viciadas na raiva, em brigas e confusões. Elas só conseguem se organizar quando provocam um conflito. São os conhecidos “encrenqueiros”. Portadores de comportamentos agressivos nunca estão em paz. Suas amizades são efêmeras e seus interesses sempre na ordem da conveniência pessoal.
O mau humor e a raiva são seus companheiros. Vivem em busca de uma oportunidade para promover uma contenda e quando isso não acontece entram em desespero e partem para agressão destemperada, inconformada, irracional. Tornam-se grosseiros por não terem argumentos lógicos. Os “encrenqueiros”, ainda que não demonstrem, são pessoas medrosas e indefesas. Sem uma briga eles não têm como se destacar, sobressair, aparecer. Por isso são perversos. E como conviver com pessoas que sempre querem briga?
A sabedoria popular compreende que “quando um não quer, dois não brigam”. Existe sempre alguém sensato, praticante do diálogo, amante da paz, que desarma o espírito beligerante dos encrenqueiros, e evita o confronto que eles queriam estabelecer. Quem tem responsabilidade e não sabe conviver com a discórdia, não se submete a provocações dessa natureza. Propõe a negociação, o entendimento, a solução consensual, principalmente quando outras pessoas, ou o bem coletivo, serão alcançados por suas ações.
Conhecer nossos limites e recursos é uma tarefa para vida toda. Nesses momentos devemos ouvir e registrar o que o outro nos fala iradamente, usar da sensatez através de um dialogo e evitar os transtornos de uma discussão sem senso. Isso é se preservar e se respeitar.
A vida nos ensina que: no acontecer dos ataques gratuitos, dos desaforos, do jogo baixo, do desrespeito, o melhor é isentar-se da discussão, pois desta forma não temos o que falar. Sem receptividade não há guerra, daí a verdade do dito “quando um não quer, dois não brigam”.
• Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.
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