Cada um de nós já usou essa expressão “CASA DE MÃE JOANA”, tanto para denunciar um ambiente onde reina a desorganização ou para classificar um local onde todos entram e saem à hora que bem querem, sem pedir licença, onde prevalecem a desordem e a indisciplina.
No século XIV na Itália, a rainha de Nápoles, chamada Joana, quando confinada na cidade de Avignon, no sul da França, decidiu regulamentar os bordéis que ali existiam. Uma das normas era defini-los como o “lugar onde todos podiam entrar”. O lugar ficou conhecido como o Paço de Mãe Joana. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e “Casa da mãe Joana” para definir algo fora de controle, sem gerenciamento onde todos fazem o que querem.
Seja lá onde for, a falta de comando provoca balbúrdia, desrespeito e bagunça. Por isso quando nos referimos a alguma coisa mal administrada, costumamos dizer que ali é uma “casa de mãe Joana”, o que quer dizer que não existe regras a serem observadas, nem voz de autoridade a ser obedecida. Aplica-se também essa expressão para governos desorientados, descontrolados, que não se afirmam com a organização em sua gestão, onde tudo acontece sem que haja um planejamento e, como consequência, qualquer um pode se meter livremente.
O excesso de liberdade se contrapõe ao sentido de organização que se queira impor. É preciso que existam limites no “fazer”, do contrário vira “anarquia”.
• Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.