Eduardo assume Manequim de Oposição e ofusca Aécio

{arquivo}RECIFE – O programa de propaganda política do PSB rodado nesta quinta-feira em cadeia de rádio e TV no País consolidou de forma clara, sem arrodeios, a imagem de um líder político decidido a vestir o manequim de discurso oposicionista propositivo gerando a impressão de que está interessado em alcançar dois objetivos: ser o nome e cara da Oposição moderna frustrando o intento do outro candidato Aécio Neves e, paralelamente, conquistar o voto dos formadores de Oposição oriundos de todos os recantos – da direita, centro, esquerda, de cima, baixo, meio, de onde for.

O discurso de Eduardo Campos traduziu a essência do que o PSDB não consegue mais fazer e empolgar, nem mesmo com a competência discursiva de Aécio por conta de vacilos estratégicos, por isso mesmo reluziu a impressão de que vai avançar ainda mais neste diapasão de soprar bem e mal ao mesmo tempo na direção do Governo Dilma pelo prisma de que é possível fazer muito mais.

Durante o programa, Eduardo Campos resgatou o processo histórico recente do Pais lembrando desde os primeiros passos da redemocratização com Tancredo Neves até chegar à primeira eleição direta, a Constituinte em 1988, sempre com lideranças nominadas em torno de um conjunto até envolvendo Lula, como a dizer que a esquerda e a luta para as conquistas são fruto de mais gente.

No campo da análise critica, o governador de Pernambuco focou a abordagem em muitos temas tabus, desde a gestão em si da administração pública passando pela composição societária entre Governos (Federal, Estadual e Municipal) criticando duramente o atual modelo federativo onde, pelas contas do PSB, a União reduziu de 72 para 34% o volume de repasse aos estados e municípios aumentando as obrigações dos entes federados.

Eduardo Campos foi na ferida, ao mesmo tempo soprando para tentar atenuar o conteúdo duro e sutil na direção do Governo do PT/Lula/Dilma num patamar com reais chances de empolgar muito mais do que Aécio e, nesse processo, se constituir no verdadeiro opositor da candidata à reeleição Dilma Rousseff no próximo.

O mais forte, além da postura de Eduardo, é que já de agora se vislumbra o acordo tácito do governador pernambucano, Aécio e Marina Silva para numa hipótese de segundo turno estarem juntos – e isto deve preocupar muito a candidata, o PT e seus aliados.

Vamos agora aguardar a reação petista e da presidenta.

ULTIMA

“É pau/ é pedra/ é o fim do caminho…”

 

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