O recado da Procissão, Dom Aldo e os “Caroneiros da Fé”

{arquivo}Ainda era tarde, na saída da Procissão do Senhor Morto atraindo milhares de fiéis, quando Dom Aldo Pagotto deixou escapar sua surpresa com a multiplicação neste ano da quantidade de devotos buscando a Igreja Católica para participação maior na Semana Santa, na programação das várias paróquias e Basílica. Em rápida conversa, diante da presença do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, chegamos à conclusão que o fenômeno poderia estar influenciado pelos novos ares do Papa Francisco – seu despojamento e proximidade com valores da humildade.

Mas, neste Sábado de Aleluia – antes de nos referirmos ao Caso da recomendação do TCE sobre afastamento de quase 10 mil pessoas do Estado, ainda busco expor o que acompanhamos durante todo o trajeto da Procissão em meio a milhares de pessoas, a maioria humildes no gesto, na vestimenta e na expressão no rosto de devotos fiéis, mas de cidadania sob o manto da religião.

Chamou-me muito a atenção, afora a ausência de Políticos que costumam ir à Procissão em ano eleitoral, as reflexões pertinentes de Dom Aldo Pagotto quando o cortejo chegou à Praça João Pessoa, diante dos Poderes constituídos do Estado, ao apelar de forma intensa para que as famílias insistam em retomar o processo de dialogo e de união interna porque as crises continuadas registradas ao longo dos tempos têm produzidos efeitos nefastos ao futuro da sociedade.

Dizia ele aos quatro cantos, que é chegada a hora de se estabelecer o perdão, a superação das intrigas causadoras de muito mal às relações internas nas famílias gerando assim clima favorável ao desmantelamento da harmonia entre os integrantes da mais importante célula da sociedade, situação essa motivadora de gerações perdidas e conflitadas na construção do futuro.

Dom Aldo foi na ferida apelando para que o clima de despojamento presente na Semana Santa possa construir meios de sensibilizar quem por acaso vive esta circunstância na busca da superação e de um novo momento familiar, antes que as drogas tomem conta das novas gerações e juventude.

HÁBITOS RUINS DAS TVS

O Arcebispo também falou dos novos e maus hábitos gerados a partir do conteúdo de muitas das Redes de TVs tomadas de descompromisso educativo e, em nome do lucro, disseminam prazeres efêmeros e forte consumismo a motivar nos jovens a mania do modismo diante do sexo e da exigência para que seus pais ofereçam condições de aquisição de produtos, mesmo quando eles não dispõem de condições.

QUEM ESTEVE PRESENTE

A Procissão contou com poucas presenças da classe política. O prefeito Luciano Cartaxo se fez presente, como acontece há anos, ao lado de sua esposa, Maisa, e do irmão casal Romeika e Lucélio Cartaxo. Aliás, a cotação popular do prefeito anda em alta.

O deputado federal Ruy Carneiro, assim como o deputado estadual João Gonçalves eram também presentes no cortejo.

Desta feita, o governador Ricardo Coutinho não deu as caras, como no ano anterior, mas certamente – podem anotar de agora em diante – se fará presente no próximo ano porque é tempo de eleição.

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“É perdoando/ que se é perdoado…”

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