{arquivo}O Brasil convive nos últimos dias com uma nova fase conjuntural, na qual a Grande Midia cumpre seu papel de expor escândalos – alguns de tamanho menor do que se vende –, mas com visível interesse intrínseco de querer afetar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, mais do que isso, o saldo produzido pelo Partido dos Trabalhadores desde quando da ascensão do ex- metalúrgico ao Poder. Em contra-partida, como expõe o Cientista Marcos Coimbra, no Blog do Noblat, essa mesma Imprensa é generosa com FHC, o PSDB e agregados. São dois pesos e duas medidas extremamente desproporcionais.
Agora mesmo, no caso da Operação Porto Seguro em que a ex-chefe do Escritório do Governo Federal em São Paulo, Rosemary Noronha, é apontada como articuladora de um “grande” esquema de corrupção, está posto de forma absolutamente clara que há propósitos de querer atingir o ex-presidente Lula inserindo no novo capítulo aspectos da ordem moral e ética do maior Líder Socialista da América do Sul, um dos maiores do Mundo.
Se espremer fundo, ainda levando em conta o noticiário diário das grandes TVs, não há absolutamente nada que comprove a presença de Lula em qualquer tratativa ou proximidade mínima de qualquer aspecto desabonador na conduta ética de Lula, especialmente neste caso, entretanto, impressiona como a linha dura contra o ex-presidente e o PT, agora envolvendo Dilma Rousseff, busca encontrar eco nas gerações que têm aversão aos condutores do saldo dos últimos anos para afetar sua imagem.
Ah! Há o tratamento explicito de que Rosemary era Amante de Lula. Não tenho como me aprofundar na análise do assunto porque me falta elementos comprobatórios, além das más línguas, entretanto, também tomando como base este aspecto moral, não se vê registro à altura de casos semelhantes a envolver lideres decentes do Tucanato, a exemplo do ex-presidente FHC, que teve caso conhecido com a jornalista Miriam Dutra, até medidas para levá-la a ter o filho na Europa, e durante todo esse tempo nenhum dos veículos de comunicação, paladinos da Justiça, processou qualquer comentário ou informação no nível do que faz com Lula.
Insisto em trazer à baila o tratamento dado a Lula e ao PT pela Grande Midia e a elite desalojada do Poder com a autoridade de quem não tem filiação partidária ao petismo, que respeito pelos resultados mesmo sabendo dos defeitos – estes presentes em todos os demais partidos, mas só exposto pela lente e foco na direção do PT, até pela postura exagerada que adotou quando era estilingue e só sabia acusar as pessoas.
Mas, passadas as fases – entre elas a do Mensalão, onde não se processou um julgamento mas a Inquisição contra esse legado petista agora tratado – é indispensável que façamos sempre comparações e analises de resultados sobre os vários momentos da política nacional, onde identificamos conquistas na fase FHC, entretanto, mesmo com escândalos piores do que o Mensalão, nem a Grande Midia nem o STF até a presente data tomou mesmo procedimento e/ou tratamento como se dá com Lula e o PT.
Agora, se formos para o saldo dos tempos – o exame comparativo do que era o Brasil antes e depois de Lula, paciência, não querer admitir avanços reais e referenciais é exercer o preconceito, a histeria ideológica ou política – ao qual todos têm direito de exerce-lo, mas não com abrigo da verdade que mostra facilmente o quanto o País entrou no prumo de sociedade com avanços depois que o ex-metalurgico ascendeu ao comando da Nação, tanto que mais recentemente, na Capital de São Paulo.
Lula merece mais do que respeito, o reconhecimento de um legado incomum. No mais é luta política com desvantagem ao petista por ter a grande Midia solapando-o injustamente quase todo o tempo. Só que sua história perdura e é maior do que a dor-de-cotovelo insana.
