APL: outro atentado contra a Cultura

BRASÍLIA – A Academia Paraibana de Letras está em vias de perder seu único patrimônio físico existente com a decisão da Prefeitura de João Pessoa, na gestão Luciano Agra, de penhorar o prédio da entidade, conforme formalização produzida esta semana.  

A decisão da Prefeitura neste momento significa, na pratica, a concretização de um processo iniciado no Governo Ricardo Coutinho, na PMJP, quando desfez condição anterior adotada por todas as demais administrações municipais de tratar a Academia como bem patrimonial sem fins lucrativos – o que é na essência de tudo.
 
Ricardo contestou a contra-argumentação à época do presidente Joacil de Brito Pereira e, ato continuo,  determinou ao Fisco mandar bala, como se diz no bairro da Torre,  desfazendo acordo/decisão  anterior e fazer a cobrança da academia formalizada esta semana pelo prefeito Luciano Agra.
 
Há mais dados a fazer a pressão arterial de Gonzaga Rodrigues subir (com nossa preocupação) , como aconteceu anteontem ao ser notificado, porque o presidente tenta renovar convênio de pequena monta com a Secretaria de Educação do Estado e desde a posse de RC nem consegue conversar com o governador e, mais recente – exatos três meses, busca renovar o contrato e sequer é recebido.
 
A mesma insensibilidade e indiferença, para nao chamar de má educação, se aplica ao prefeito, que cria dificuldades desnecessárias para receber Gonzaga em audiência visando tratar de problema criado pela atual continuada gestão porque, antes, inexistia a postura algoz de algoz.
 
Ora, todos sabem das dificuldades comuns das entidades de expressão política e cultural do Estado – quem nao se lembra que a API quase desaba! – mas o prefeito resolveu assumir a mesma insensibilidade do governador que agindo assim dá as costas para a Cultura, algo que entristece a classe intelectual do Estado, pois tantos que  apostaram num projeto jamais admitiriam que viesse a se transformar em pesadelo.
 
E agora? De cara, todos com vinculo com nossa Cultura precisam se mobilizar da forma possível para impedir essa impostura na relação democrática e aumentar o cuidado para que Gonzaga nao adoeça, como pode transferir ao organismo a dor da alma decepcionada de agora, porque, antes de qualquer conceito, nao podemos deixar que a Academia desmorone na proporção de tantos sonhos – que como disse, transformados na maior decepção contemporânea de nossa sociedade.
 
A hora é de ação, reação e tudo o que significar a manutenção do prédio e da dignidade da Academia Paraibana de Letras. Gonzaga não está só nem pode continuar a ser tratado desta forma.
 
É este o presente do governador e do prefeito no Centenário do maior dos poetas Augusto dos Anjos! 
 
Triste Paraíba!
 

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