A reação dos professores e a estratégia de Governo

O Governo Ricardo Coutinho por mais que enfrente situações de desconforto ou protesto de setores da sociedade, a exemplo dos protestos de professores, médicos, profissionais de saúde e comunicação, policiais, etc, resolveu adotar uma postura de eqüidistância, ao mesmo tempo radicalidade com os setores em conflito, cujo desfecho imprevisível é também preocupante.

A invasão do Palácio da Redenção nesta segunda-feira por lideranças e professores da rede estadual de ensino testemunha o grau de inexistência de diálogo entre as partes, sem contar o registro de perdas de remuneração computadas pelos docentes, cuja extremidade assumida pela categoria é mais um problema sério para o governador encarar.

Antes de entrar no mérito em si do protesto e da ´invasão´, há de se registrar que o caso provou por A mais B que a segurança no Palácio anda frouxa ou sem prevenção à altura de um ambiente a exigir cautelas e zelo com o governante. Se isso aconteceu, foi falha casual ou cumplicidade policial com o movimento?

Mas, a atitude dos professores não pode ser entendida apenas como desespero ou radicalidade insana dos grevistas porque na essência está a exaustão dos docentes em querer dialogar diretamente com o
governador sem êxito, mas Ricardo não dá nenhum sinal nesta direção, logo ele que, enquanto vereador e deputado, condenava abertamente os governos sem diálogos.

O fato é que o caso dos professores nesta segunda-feira é mais um sinal preocupante de que a estratégia do Governo de ignorar as reações dos movimentos sociais só agrava e cria um fosso enorme entre sociedade e gestão estadual, de cujo desfecho tudo é possível – inclusive a manutenção do conflito até mais à frente porque gerou consenso a antipatia entre as partes.

Só que, o Governo Ricardo não poderia estar permitindo a consolidação desta postura insensata porquanto o histórico do governador era de aliado dos movimentos sociais e não o contrário, por isso ou começa a
cuidar e rever a posição de confronto ou vai consumar muitos dissabores mais na frente.

Só depende do Governo e este se mantém insensivel.

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