BRASILIA – Catolé do Rocha convive desde esta sexta-feira com a presença do governador Ricardo Coutinho reproduzindo a articulação e nova versão do Orçamento Democrático buscando interagir com a sociedade de forma direta. Todos os prefeitos, deputados e lideranças dizem ser medida histórica, mas na pratica detestam esse modelo de tira-los da intermediação. Paralelamente, a Oposição e/ou outros exercitam a contra-ofensiva até agora inconclusa e desencontrada.
No quesito governador, está evidente que ele não vai se curvar ao “beicinho arribitado”- segundo a Torrelandia, dos deputados, que querem mais do que audiência. Mas, como Ricardo sempre foi o conhecido, ele aposta tudo de que reverterá a “malquerência” da classe política com obras extraídas na relação direta com o cidadão.
Na pratica, isto é extraordinário, mas deve surtir melhor efeito no sul da frança, norte de Portugal, Espanha, entretanto, na Paraíba a ordem essencial não pode ser a mesma. Nem será. Só que é fato indiscutivelmente novíssimo porque, no caso de Catolé, aposenta os Maia, Biu Fernades, prefeito, etc, mas na realidade o negócio é diferente.
O fato concreto é que quando Bibinha – melhor dizendo com todo respeito, a Doutora Aracilba Rocha sentou a “poupança”sobre os cofres do estado, a partir daí o governador tem domínio total e concretamente junta “ caixa”, mesmo se queixando do passado e quando for necessário.
Diante deste fato, contudo, o governador adotou uma lógica de obras e serviços nos vários municípios e regiões sem ter a conveniência dos deputados e prefeitos – algo certamente revolucionário e inspirador no “modus operandi” da França, mas, talvez, o fato de estarmos na Paraíba possa fazer diferença.
Seja como for, Ricardo avança célere no interior deixando muitas lideranças na poeira. Só que, quem sabe, essa poeira possa deixar de enxergar aliados de negociadores – ai sim, um problema quando for ter de avaliar quanto vale cada apoio desprezado na hora de gerar o agrado com o eleitor.
Pode ser que ser diferente, aí o governador entrará no rol dos grandes estadistas do Brasil e do Mundo.
Eu mesmo não duvido de mais nada.