A disputa eleitoral na Paraíba trouxe à baila nas últimas semanas uma irada postura de setores da Cultura ligadas ao candidato Ricardo Coutinho ‘condenando’ a espontânea manifestação de dezenas de Cults em favor da candidatura de José Maranhão depois de ter assumido uma série de compromissos com a Cultura.
Lamento que o nível da campanha tenha chegado a esse patamar porque todos têm legitimidade de fazer sua opção política até porque ninguém é absolutista, dono da verdade.
A escolha que dezenas de pessoas da Cultura fez por Maranhão, por exemplo, precisa ser entendida como forma prevista no processo democrático mesmo levando em conta que muita gente das 298 pessoas Cults eram ligadas ao ex-prefeito concordando com o Manifesto têm história e precisam ser respeitadas.
Aliás, penso que de forma minúscula algumas pessoas em João Pessoa assumiram postura típica da inquisição – época negra de nosso passado onde a perseguição ideológico movida por sentimento religioso quis vingar em detrimento da liberdade de expressão.
Antes de mais nada, vamos recorrer aos compêndios para entender esse passado nefasto. O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica.
A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias.[1] A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses.
Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal) e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 – 1821), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821). A Inquisição romana ou “Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício” existiu entre 1542 e 1965.
Bom vou parar por aqui porque todos entendem de história e não precisam de dados antigos para entender o presente e o futuro.
Pois bem, mal comparado uma turma importante da Cultura resolveu assumir o ódio contra os que querem apenas o direito e a liberdade de escolher uma opção política legitima e atraindo a força do significado de Lula, do PT, de Dilma, do PC do B e tantos outros partidos.
Será que precisaremos retroceder na cultura infame para entender o nosso presente maluco de reação intransigente e violemnta.
Chega! Chega de patrulhamento infame, maluco e inaceitávei porque da mesma forma que há quem ainda defenda Ricardo como opção, na prática são muitos os que buscam outra alternativa mais abrangente, plural e com respeito às divergências.
Basta de agressão!