A performance de Dilma e a desatenção paraibana




Uma nova rodada de pesquisa realizada pelo instituto CNT/Sensus apontou que a ex-ministra Dilma Rousseff vem cada vez mais ameaçando a pretensão do tucano José Serra em ser presidente do país. Nos números resultantes de 2 mil entrevistas realizadas entre 5 e 9 de abril, Dilma chegou a 32,3% das intenções de voto, apenas 0,4% a menos que José Serra. Nas posições seguintes estão o ainda candidato Ciro Gomes, do PSB, somando 10,1% e Marina Silva, 8,1%. Os brancos e nulos são 7,7% e 9,1% não souberam ou não quiseram responder.

Os números sinalizam uma constatação: Serra não tem conseguido crescer mesmo levando em conta que no período da pesquisa ele já estava sendo anunciado como pré-candidato à Presidência pois estava deixando o Governo do Estado, portanto, já era de conhecimento público.

Tudo bem, ainda é pouco tempo para fixar a consciência plena da candidatura mas, quem acompanha atentamente o jogo político sabe que há meses que o cidadão brasileiro sabia da intenção do operoso e capaz ex-governador de São Paulo.

Só que, mesmo com a grande mídia a favor do tucano e de uma ininterrupta ação de ataques ao governo Lula e especialmente à cândida Dilma – nada disso tem conseguido embalar novamente o ex-ministro da saúde rumo ao Palácio do Planalto.

O flagrante da pesquisa deixa claro que Lula tem conseguido transferir gradativamente para Dilma a sua influencia passando dos 30 percentuais comuns ao PT e esquerda no Brasil, portanto, o crescimento a partir de agora será fruto exclusivo da força eleitoral do presidente.

Há que ser considero um fato especial: a Oposição bate forte, contesta os resultados do governo Lula por argumentar ter sido fruto de ações advindas do Governo FHC, mas essas ponderações não se traduzem em preferência eleitoral como pretendido porque, ao que parece, o cidadão brasileiro não está decidido a incorporar o discurso da mudança porque os resultados econômicos ajudam o esquema de situação.

Trocando em miúdos, como insistem em repetir os meninos da Torrelândia, somente um grave problema econômico ou crise atingindo a ética pode mudar o rumo da tendência em favor da ex-ministra da Casa Civil.

É o começo mas ninguém pode esquecer que Serra já tem 46% e hoje caiu para 32%, ao contrário da Dilma até ano passado inexistente e hoje em fase de ascensão. Eis o fruto da era Lula.

Por que insistimos em não avançar?

A “massa real” – o ‘povão’, como se diz na Torrelândia, nem de longe pode imaginar mas nesta terça-feira, em João Pessoa, consolidou – se na Paraiba um dos mais importantes instrumentos de acompanhamento e assessoramento técnico – estratégico da vida sócio – econômica do Pais, que é o novo escritório do IPEA com foco no Nordeste como um todo, e não só em nossa aldeia.

Repitamos: o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) trouxe à capital paraibana o presidente nacional, Márcio Pochmann, para inaugurar o novo escritório em  nível de Nordeste no auditório do CCSA, no campus I da UFPB.

Dos atos voltados ao incremento das políticas de desenvolvimento, melhor dizendo de assessoramento cientifico do que pretendemos para o futuro, a presença do IPEA com base no Nordeste – e em João Pessoa – deveria ter sido saudado e presenciado pelas principais lideranças políticas e econômicas do Estado, principalmente as primeiras – mas isso não aconteceu.

Tanto na fala do diretor de centro, professor Ivan Targino, quanto do presidente Márcio Pochmann, do representante da Secretaria para Assuntos Estratégicos da Presidência da Republica e do reitor Rômulo Polari o que se viu e ouviu foi a reflexa forte de que, depois de tanto tempo, enfim o IPEA criava coragem de implantar a descentralização visando gerar uma nova cultura no trato do desenvolvimento do Pais.

Infelizmente, repito, nenhuma das grandes autoridades do Estado se fez presente a esse ato de grande significação talvez porque no ambiente não havia perspectiva de voto daí o desinteresse, que é lamentável e não poupa nenhuma das nossas lideranças.

Última

“O olho que existe/

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