E agora, como fica Ricardo?

BRUXELAS – Das decisões tomadas ao longo de sua trajetória política, a de deixar a prefeitura de João Pessoa conforme assumido pelo pré-candidato Ricardo Coutinho para disputar a mais renhidas de todas as campanhas de sua vida esta é a de maior risco que já correu em toda a sua carreira pública.

Se repararmos bem, nem mesmo na primeira disputa com Ruy Carneiro representando a fase decadente de Cícero Lucena, ele enfrentou riscos algum. Antes, internamente no PT, enfrentou as disputas que quis sem envolvimento nem assumir bandeiras difíceis internamente até que, quando ameaçado ser expulso do partido, construiu outra alternativa partidária deixando a sigla hoje liderada por Lula.

A rigor, Ricardo chega à condição de candidato já de caso pensado logo que escolheu Luciano Agra para ser vice tirando do contexto a possibilidade do PMDB indicar essa figura estratégica, agora simbolizada no arquiteto neo-pessoense, mas campinense de nascença.

Ricardo sabe que corre riscos, mas não tem mais outro caminho porque assumiu compromissos demais já quando candidato à reeleição e passou a conviver com o então governador Cássio na política de não agressão passando na sequência a se transformar em aproximação silenciosa até que, como informou em Primeira Mão o portal WSCOM, ele se reuniu com Cássio e Efraim selando a aliança de agora.

O prefeito demissionário sabe de seu potencial, convive com pesquisas lhe dando ânimo conceitual, embora tenha sofrido revezes conceituais expressivos a merecer tratamento porque já se manifestam nas intenções de voto de forma preocupante e contrária ao que ele era antes.

Mas, Ricardo foi convencido por sua equipe mais chegada e, ainda, pelo PSB nacional, Cássio, Efraim, etc e Duda Mendonça que tem chances de vitória, por isso vai correr riscos desafiando todas as possibilidades porque acha ser esta a hora de encarar o desafio de governar a Paraiba.

Em síntese, agora não tem mais caminho de volta, portanto, mesmo tendo seu irmão Coriolano Coutinho nos cós e no gogó de Luciano Agra para fazer vingar todos os compromissos da fase pré e pós eleição em 2008, Ricardo sabe que a partir deste momento sua trajetória é de perspectiva, sem mais ter a certeza de antes, porque entre as possibilidades todas podem acontecer: vencer ou perder, nada será impossível.

A aposta e desdobramentos em Veneziano

BRUXELAS – Pessoas muito próximas do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, já haviam antecipado para o portal WSCOM, desde há muito, que o líder campinense se manteria na Prefeitura passando apoiar seu irmão, deputado federal Vital Filho, para o Senado – se esta for, como tenderá a ser a decisão do PMDB e do governador José Maranhão.

A decisão de Veneziano motiva muitas interpretações e interesses porque é diferente da hipótese, agora descartada, dele ser candidato a vice-governador o que, sem dúvidas, daria maior musculatura à chapa de Maranhão em Campina Grande – segundo maior colégio eleitoral onde pontifica a figura do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Ora, se esta é a realidade posta é com este cenário que a partir de hoje devem contar o pré-candidato José Maranhão, Campina Grande e a conjuntura política em si.

Para compreender tudo precisamos encarar a reação do governador Maranhão, que não deve ter sido a melhor esperada, mesmo assim esse contexto remete o PMDB e aliados a terem de repensar o projeto que, dentro desse novo cenário, favorece à recandidatura de Luciano Cartaxo, do PT, e abre a perspectiva de Vital Filho ser candidato ao Senado.

Não é a mesma coisa de Veneziano Vice, por isso além da opção que restará ao governador precisaremos ainda acompanhar e entender como reagirá Maranhão com essa condição criada pelo prefeito porque, dentre tantos sentimentos, pode ser que ele marque essa conduta para o futuro, ou seja, entenda como uma desfeita – e se for assim entendido terá outra composição lá na frente.

Só que Maranhão precisa de Campina, melhor dizer, de Veneziano/Vitalzinho em os quais não conseguirá chegar ao êxito desejado, portanto, restará saber se Veneziano transferirá sua influencia eleitoral para Vitalzinho e, consequentemente, Maranhão mesmo estando sem ser candidato.

Em tese, a decisão de Veneziano não é a melhor que o governador pretendia mas é a real, portanto, precisará ser encarada com tal.

Efeitos silenciosos

Para figuras próximas do governador, a posição anunciada por Veneziano lhe tira do foco principal da disputa sucessória porque sem ele no palanque como nome de Campina a reação reproduz o entendimento de que alguma coisa diferente está acontecendo uma vez que, conforme as fontes, a partir da premissa de que os Vital não têm tido o mesmo comportamento de apoio explicito como pretendido por Maranhão na atual fase administrativa em si.

Em síntese, se queixam de ausências e de silencio inquietante.

Este é o sentimento de suspeita, portanto, ou se é resolvido de imediato ou pode criar ou não muitos problemas. Saibam desde já que Maranhão ganhou mais musculatura e sabe joga com as pedras do presente e futuro.

Argumentos de Vené

Embora jure de pés juntos que ficou por opção por Campina, tem mais valores em jogo para a tomada de decisão do prefeito.

Primeiro, ele de fato está convencido de que não poderia entregar a administração sem passar a limpo varias pendências, sem conta o estado de saúde do vice José Luiz Junior ( isto ele jamais assumirá) sem contar dados advindos de pesquisas.

Vené foi convencido de que somados as preferências eleitorais dele e de Vital nas pesquisas terá condição de rivalizar a disputa no Senado podendo ver a cidade votando nos dois candidatos da cidade nessa disputa.

Faz sentido.

Reação na Oposição

O anuncio de Veneziano foi festejado pela Oposição, especialmente o pré-candidato Ricardo Coutinho e o ex-governador Cássio Cunha Lima.

Sem Veneziano no palanque, eles acham que será melhor construir o discurso de que a cidade está fora da prioridade do candidato Maranhão e assim possam criar dificuldades para o líder do PMDB.

Pode não ser isso, mas é o que pensam.

Os novos passos do PT majoritário 

 

 

O Partido dos Trabalhadores na Paraiba trabalha para viabilizar uma série de propostas no futuro Plano de Governo da pré-candidatura à reeleição do governador José Maranhão, por isso á dispõe de núcleos formados por professores universitários, empresários e representantes dos movimentos sociais engajados nesse processo, segundo revelou nesta quinta-feira, o ex-presidente do PT da capital, Anselmo Castilho, confirmando que os estudos estão em fase adiantada.

– O presidente estadual do PT, Rodrigo Soares, tem conduzido pessoalmente as estratégias advindas do conjunto partidário delegando esse trabalho de levantamento de dados a um grupo de professores universitários visando apresentar ao futuro candidato José Maranhão esse conjunto de propostas – explicou.

Para Anselmo Castilho, o PT está cada vez mais fortalecido em torno da proposta de apoiamento à pré-candidatura do vice-governador Luciano Cartaxo “por estar identificado com as lutas e prioridades do partido em nível local e nacional”.

Castilho deixou escapar que o professor universitário Marcio Canieli é um dos principais articuladores na construção do debate e e sistematizaçao de propostas a serem apresentadas pelo PT em breve.

Última

“Cada um sabe a dor e
a delícia de ser o que é…”

 

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