Os desafios de Wilson Santiago

<b>LISBOA</b> – São muitas as articulações de bastidores envolvendo Governo e Oposição buscando consolidar até abril as alianças e candidaturas porque a partir de então os trabalhos passam a ser traçados em torno das convenções e campanha em si, por isso chamou a atenção, ontem, a demarcação de área pelo deputado federal Wilson Santiago sinalizando claramente que está decidido a ser candidato a senador pelo PMDB.

Existiram outros assuntos na atividade política do Estado, é bem verdade, mas a iniciativa de Santiago de reunir os vários profissionais dos veículos de comunicação deixou evidente que, se depender dele, uma das duas vagas será ocupada por sua pessoa.

Wilson tem alguns fatores favoráveis à sua pretensão: é o sertanejo mais identificado com as lutas de todo o cenário existente de Campina em diante pela marca PMDB – partido do governador José Maranhão, mesmo existindo Wellington Roberto fazendo papel a merecer respeito – mas esse é outro caso distinto.

O parlamentar de Uiraúna, terra de Erundina e Neumane Pinto, recebe apoio incondicional do partido pela confiabilidade construída tanto em nível estadual quanto nacional e dizem estar montado em estrutura própria de campanha somente possível para poucos.

Mas, como o realismo é elemento fundamental para qualquer projeto de vida, inclusive na política, o deputado federal enfrenta alguns obstáculos longe de sua vontade e que passa pelo fator eleitoral em si, principalmente nos dois grandes colégios eleitorais – João Pessoa e Campina Grande, onde as ultimas pesquisas lhe colocam em grau preocupante.

Tem mais: ele se depara com uma indefinição em Campina Grande a influir no seu projeto porque dependendo da escolha do posto a ser ocupado por Veneziano ou Vital certamente que, por serem do PMDB, essa condicionante também afeta o contexto e projeto de Santiago.

A rigor, este é a grande dificuldade enfrentada por ele, portanto, o fator tempo se adiciona a esse contexto de dificuldade porque faltam poucos dias (abril esta à frente) para uma superação tamanha.

Trocando em miúdos, Wilson Santiago é personagem com inserção forte em termos de representação contextual, por ser como disse o nome mais identificado com as lutas do Sertão a partir do PMDB.

É este o conjunto de dados que, mais dia menos dia fará o governador José Maranhão fazer a escolha de seus companheiros de chapa.

<b>Outros nomes gravitando</b>

Para ocupar os demais cargos na chapa que oferecerá ao eleitorado, Maranhão ainda dispõe de nomes expressivos em torno de sua estrutura de alianças, a partir do atual Vice-governador Luciano Cartaxo, nome escolhido pelo PT como bandeira de luta em termos de nome a representá-lo nessa composição.

O governador não tem problemas de conviver com Luciano ou outro nome do PT, embora considere que uma hipótese de Veneziano some mais eleitoralmente por conta de Campina Grande.

Mesmo assim, a estrutura majoritária petista tem fechado questão em torno de Luciano Cartaxo.

<b>Ainda o Senado Federal</b>

Diante de duas candidaturas fortes já apresentadas pela Oposição ao Senado com o ex-governador Cássio liderando as intenções de voto e Efraim tentando a segunda vaga, o Governo dispõe de alguns outros nomes variando de densidade eleitoral.

O senador Roberto Cavalcanti é uma dessas opções por dispor de estrutura muito forte, através do Sistema Correio, embora pesquisas qualitativas sinalizem que o grupo repercute mais na destruição do que construção de imagem. No caso do senador, as aparições só nos veículos não têm sido suficiente porque se faz necessário estrutura partidária e de base municipal – o que ele tem na primeira questão mas lhe falta na segunda.

Há ainda os nomes de Vital Filho, Wellington Roberto e Manoel Júnior – cada um deles com referenciais diferentes com registro de menções ascendentes em torno de Vitalzinho e Manoel Júnior.

Europa em forte crise econômica

Os efeitos dos sérios problemas econômicos agravados ano passado a partir dos Estados Unidos ainda não se dissiparam na Europa, à exceção de economias fortes como a da Inglaterra, Alemanha, Suíça, etc.

Na prática, em muitos países como Portugal, Espanha, Itália – estes com maior volume de negócios com o Brasil – não se fala em outra coisa, quer seja nos veículos de comunicação como nas ruas, que não seja como sair desse buraco.

O déficit público não pára de crescer porque mantém uma máquina inchada, além de estar bancando a sobrevivência dos desempregados além de serviços fundamentais como saúde e previdência sem a existência de um volume de contribuição à altura por parte da sociedade.

Esta questão, embora aparentemente distante de nós, não o é porque, sobretudo, no Nordeste são muitos os investimentos portugueses, espanhóis e italianos em pequena ou larga escala gerando, portanto, efeitos em nossa economia, a partir da base turística onde existem muitos equipamentos e ações imobiliárias.

Por essas e outras questões estamos e vamos passar alguns dias em Portugal buscando identificar oportunidades de negócios entre investidores portugueses e o Nordeste.

Voltaremos ainda ao assunto.

<b>Última</b>

“Oh mana deixa eu ir/ oh mana eu vou só/

Oh mana deixa eu ir/ pro sertão de Caicó…”

 

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