A existência de máquinas rasgando parte pequena da mata onde funcionará o canteiro de obras do Centro de Convenções produziu a cena histórica que há anos a estrutura hoteleira e de turismo da Paraíba aguardava, e por tantas razões só agora se efetiva para valer.
Se não me engano foi o Secretário de Recursos Hídricos, Francisco Sarmento, quem comparou: todo o Pólo do Cabo Branco com o Centro de Convenções tem, guardadas as proporções, a mesma força que o Porto de Suape tem na economia de Pernambuco. Antes e depois é uma condição extremamente distinta.
Este é o conjunto da obra que mais interessa, ou seja, desenvolver ações praticas que permitam não só assegurar a participação da Paraíba, especialmente de João Pessoa, no contexto do turismo qualitativo gerando riquezas e atraindo mão de -obra na distribuição de renda ao nosso povo.
O governador José Maranhão não se contentava nesta segunda-feira de entusiasmo pelo inicio de tão propaladas obras na historia do desenvolvimento regional, por isso se sentiu à vontade para falar de outros grandes projetos estruturantes em curso sob o comando de sua gestão.
Na prática, pela primeira vez durante todos os sete meses de Governo, Maranhão pontificou em João Pessoa com o tamanho de sua imagem de fazedor de obras distante do conceito apenas virtual. O inicio da obra lhe credenciou a retomar esse mito de antes.
Pelo marco e momento tinha ele lá suas razões de euforia, entretanto acho que houve excesso de referências ao passado recente (ao governo Cássio ) em desconformidade com seu discurso repetente de olhar sem retrovisor. Diante do público seleto presente à solenidade, na prática pouco acrescentou referir-se ao passado porque, exceto os correligionários partidários, muitos queriam mesmo saber do futuro, do que ele tem para fazer.
Por isso, alguém precisa advertir o governador que questões ligadas ao governo anterior podem ser tratadas em outros ambientes apropriados mais na frente, mas não na hora e o local de discursos diante do marco histórico, como foi o inicio do Pólo e Centro de Convenções, onde ele arrancou mais aplausos.
Por tudo o que precisa, inclusive pela contagem regressiva de ter pouco tempo para tantas gestões, mais produtivo será seu tom de otimização das obras e serviços, para frente e até com vínculos religiosos de agradecer a Deus pelo que tem produzido, mas na com espelho olhando para trás.
Em síntese, agora vamos ver como se manifestam os empresários / condôminos do Pólo Cabo Branco porque a efetividade do sucesso está acoplada à união governo e setor privado.
Agora, que Maranhão marcou um tento especial disso ninguém tem dúvida.