MACEIÓ – Que ninguém mais duvide: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vive a fase mais consistente de seu comando político no País à base do embate democrático diante de uma Oposição indignada frente à série de derrotas engolidas nos últimos dias, a partir do Congresso Nacional, mesmo com o endosso consistente dos principais veículos de comunicação do País.
Não entro no mérito de quem é quem no jogo, muito menos me arvoro a querer tipificar Bons e Maus políticos numa seara em que ser anjo e demônio é uma questão apenas de circunstância.
Diante do arquivamento de todos os processos na Comissão de Ética no Senado contra o presidente José Sarney e membros da Oposição, como Artur Virgilio, uma sombra forte de decepção deixou tomar vulto sob argumento ético num contexto em que a verdade da campanha contra os Políticos ligados ao presidente Lula se reveste em nome da Ética que não é aplicada da mesma forma aos Opositores do mesmo Lula.
A opinião pública nem de longe suspeita de quanto é manipulada para gerar conceito contra ou a favor das lideranças políticas.
Isso não implica em aceitar qualquer tipo de safadeza seja com quem for, mas é que os verdadeiros interesses da desestabilização dos aliados e de Lula são encobertos sob a justificativa, repito, de uma lógica moral e ética que não permite nunca o mesmo tratamento midiático quando se trata de acompanhar desmandos na Oposição.
O caso Yeda Crusis, no Rio Grande do Sul, é um desses exemplos diante de muitos, sobretudo no centro do Poder econômico, mas sem apuração e acompanhamento na mesma proporção do que se faz quando se trata de aliados e do Governo Lula.
Na prática, enquadrando o PT e seus lideres na lógica de quem quer manter a influência e o Poder, Lula deixa a condição de referência popular incomum para se credenciar de vez como comandante político de uma cena que, sem ele, nem o PT nem o Brasil teria o encaminhamento e resultados de agora.
E saber que o danado é semi-analfabeto!
Em síntese, a campanha de fato já começou pra valer.