A sociedade brasileira nos diversos níveis de Poder convive com a extraordinária condução da Justiça Eleitoral cada vez mais atuante para impedir abusos e falcatruas, mesmo assim arrisco a dizer que de certa forma o formato a que chegamos neste ano arrefece o debate e a existência do contraditório mais evidente.
Do advento da Redemocratização – nos meados dos anos 80 para cá, muita coisa mudou, e positivamente, fechando as portas em definitivo da roubalheira e do sufocamento de parte das elites conservadores sobre as outras alternativas políticas nas várias cidades e estados.
Lá atrás, como muitos recordam, candidato com muito dinheiro era personagem com privilégios das várias formas, inclusive nos veículos de comunicação expondo-se mais do que outros e tendo as forças de Governos a serviço de suas causas.
Certamente que isso não mais se dá, absolutamente, no cenário político contemporâneo, entretanto, a rigidez de agora fechou tanto (e demais) as portas que, sem debate, os candidatos de Situação alvo das críticas e dos questionamentos mais acalorados terminaram se beneficiando dos instrumentos caladores. Os portais de Noticia, por exemplo, são uma das vitimas desse contexto.
Haveremos de distinguir quem trabalha de quem não o faz e isso cada sociedade especifica saber distinguir em 5 de outubro -, contudo, a proibição da critica e do elogio acabou nos 9 fora zero prejudicando quem contesta a conjuntura presente.
Em síntese, a Justiça acabou com a esculhambação de antes mas, agora, fechou demais as condições de mais debate, portanto, mais conhecimento pela sociedade da melhor escolha deste ano.
Se é assim, a sociedade organizada e os parlamentares federais precisam rediscutir o arrocho asfixiante.