A posse dos novos auxiliares do Governo Ricardo Coutinho nesta terça-feira, no auditório lotado da própria Prefeitura, em Água Fria, apresentou um cenário político, afora o discurso em si do prefeito, típico de quem está olhando para o futuro além 2008.
Fazia tempo que não comparecia ao auditório principal da Prefeitura para acompanhar um ato político qualquer. O desta terça-feira não teve natureza voltada apenas para dentro da edilidade, mesmo com o caráter de posse de alguns secretários na nova fase da gestão RC.
Quando adentrei ao recinto vendo a turma que lá estava, tive a nítida impressão de que o prefeito Ricardo Coutinho de fato ampliou sua estatura de apoios político partidários atraindo para perto de si muitos lideres e partidos, antes exclusivamente ligados ao Grupo Cunha Lima.
Aliás, em determinado momento somente a teoria da dinâmica na política do imortal Manoel Gaudêncio, também presente ao evento, poderia explicar a composição de pessoas, antes tão distante, e hoje tão próximos.
Na prática, Ricardo Coutinho é, hoje, entre os nomes cotados para a sucessão estadual quem melhor tem promovido relacionamentos e conchavos envolvendo gente que já teve peso na administração municipal, como o médico Reginaldo Tavares, muito cumprimentado por sinal, e do Governo do Estado, como Armando Abilio, Gilvan Freire e Enivaldo Ribeiro, etc todos presentes ao ato dando clara demonstração de que há um novo processo em curso na direção de 2010.
Em discurso improvisado, Ricardo mencionou alguns aspectos deste seu momento de ampliação da rede de aliados, entre eles a superação das diferenças na conjuntura em nome de um projeto coletivo maior este, sem que falasse como que querendo visar o Governo do Estado em 2010.
Noutro instante repetiu a postura adotada pelo Presidente Lula de conviver com todos, mesmo adversários, quando do exercício da gestão pública, como sendo ele próprio a expressão estadual de quem faz o mesmo, ou seja, convive até mesmo com adversários (vide Cássio) em nome da realidade coletiva.
Trocando em miúdos, a posse dos novos auxiliares serviu de mote para ele lembrar mais uma vez seu olhar atento na construção do caminho até 2010, através de uma macro estrutura partidária.
A gestão em si
No discurso, RC debulhou vários pontos que, sem nenhuma menção nominal, servia como desmonte ao discurso do ex-prefeito Cícero Lucena de que ele não produz muito em áreas básicas como a saúde, por exemplo.
Ricardo lembrou várias ações em ambientes diferentes da cidade, a exemplo do Santa Izabel, Valentina Figueiredo, Gervásio Maia, etc expondo ao público várias nuances de obras e projetos a serem entregues ou iniciados em breve.
Também em discurso, ele falou em tese da aplicação segura e de resultados dos recursos públicos advindos da população, por isso mencionou várias obras fruto de recursos próprios da edilidade.
O Mago está afiado também no discurso.
Ausência notada
Embora a presença do deputado estadual Raniery Paulino traduzisse o PMDB na posse, não era isso o que diziam vários aliados a RC de diversos partidos diante da ausência notada do senador José Maranhão e dos deputados Olenka Maranhão, Gervasio Filho, Trocolly Junior, etc.
É, o PMDB anda meio escaldado. Por que será?
Diego Tavares: uma promessa
Em nome dos novos empossados, falou o acadêmico e suplente de deputado estadual, Diego Tavares, agora Sub-Secretário de Turismo.
No discurso foi direto: agradeceu a convocação do prefeito, pois é a primeira missão que assume na gestão publica, renovou o grito de guerra em favor de uma gestão de resultados, soube ser sábio ao evidenciar as boas relações com o titular da Pasta.
Jeitoso, de escola forjada em lideres testados, por isso mesmo não se esqueceu de lembrar do pai, Reginaldo, do tio Edme, da mãe águia Jandira e dos irmãos.
O rapaz tem jeito de quem vai longe, positivamente.
No TSE
O portal WSCOM Online revelou no meio da noite desta terça-feira que o processo da FAC já está no gabinete do relator, ministro Eros Grau.
Dito e feito.
Última
Essa alma quer reza…
