Qual será o destino de Ney?

2008 vai chegando ao fim sem que ninguém no cenário político paraibano – pelo menos a grande maioria – possa indicar qual o futuro político e partidário do ex-senador Ney Suassuna, ultimamente distante dos contatos pessoais com as famosas bases, especialmente João Pessoa e Campina Grande.

Pelo que demanda de contatos via telefone, só para Campina (leia-se Juarez Amaral e agora seu novo assessor de imprensa, Carlos Magno ), Ney não dá pistas nenhuma sobre para onde vai.

Certamente que, mesmo sem dizer, anda aguardando o desfecho dos imbróglios jurídicos na Paraíba entre o governador Cássio Cunha Lima e o senador José Maranhão, portanto, muito provavelmente somente depois desse estágio é que deva se manifestar definitivamente.

A estratégia tem ares de cautela, mas também de perigo porque a ausência é atrevida e logo produz esquecimento, tanto que a sabedoria popular anda repetindo que “quem não é visto não é lembrado”.

Suassuna, expert reconhecido no mundo empresarial, não desfruta desse mesmo ar político extraordinário porque, desconfiado, nutre poucas amizades e ainda insiste em manter o entendimento de que com e$forço temporal (na fase das eleições em si) tem condiçõe$ de superar seus concorrentes – o que, na prática, nem sempre é assim.

Reconhecido pelo desempenho usinático, de muitas batalhas em prol de projetos da Paraíba enquanto senador (especialmente na captação de recursos), Ney não consegue se afirmar com perspectiva de grande liderança, condição essa que teve a oportunidade de concretizar, mas o medo e a pouca ousadia sempre lhe fez recuar.

É o que se dá neste momento em que a intriga forte entre Governo e Oposição até poderia lhe gerar uma espécie de demanda alternativa para lhe cacifar nos futuros embates, mas, teimoso, prefere ausentar-se, como se diz, insistindo em ficar fora do processo com a intenção de agradar a uma das partes – mesmo correndo risco do efeito tardio.

Trocando em miúdos, certamente que ele virá para as disputas municipais, de forma especial junto a Ricardo Coutinho mas, a pergunta que se faz é, se essa ajuda sem limbo humano nem de apego afetivo com pessoas não lhe pode fazer falta na hora devida?

Política é feita de algum sacerdócio, muita convicção do que defende, até ideologia dentro dela, um histórico de lutas bem apresentado e relações com as pessoas – ingredientes que, quando não se tem, fica mais difícil de concretizar determinados desejos e projetos.

No caso de Ney, só depende dele e ele insiste em viver distante. Depois, depois.

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