O clima nos bastidores da Câmara Municipal de João Pessoa não poderia estar tão efervescente quanto se efetiva nestes últimos momentos, véspera da eleição para escolha da nova Mesa Diretora. De última hora, melhor dizendo desde o fim-de-semana para cá, tomar corpo a articulação que devolveu ao prefeito Ricardo Coutinho a possibilidade de eleger o presidente condição essa que não havia.
Expliquemos: com as presenças de Tavinho Santos e Padre Adelino em encontro social no domingo, o grupo situacionista na Câmara terminou se deparando com uma condição majoritária ( maioria mesmo ), que antes não havia.
Mesmo com o silêncio de Nadja na reunião realizada na casa da mãe do vereador Zezinho Botafogo, em tese a inserção de Tavinho e Adelino garantem a perspectiva de vitória do governo.
Este é o cenário que fez a Oposição leia-se Cícero Lucena e Cássio Cunha Lima entrarem em parafuso, isto é, em processo de questionamentos porque, de repetente, a maré parece contra seus interesses.
Na verdade, a questão central está na desunião da Oposição depois que resolveu peitar a indicação de Paiva como candidato à reeleição gerando com isso o crescimento de outras alternativas, mesmo algumas delas sem chances.
É o caso, diretamente falando (escrevendo) de Aníbal Marcolino nome de valor no debate, mas de pouca habilidade no trato da composição, aspecto esse que, sem que se apercebesse, se incorporou na trajetória de Paiva, atual presidente gerando uma contradição, ou seja, ele é bem avaliado como administrador para fora, mas internamente não agrega mais da forma pretendida.
Trocando em miúdos, a Oposição agora está vivendo a sua fase de Minoria que pode se estender. Por isso, Cícero e Cássio anunciam nova rodada com os vereadores, a famosa prensa final, embora talvez seja tarde diante de alguns compromissos assumidos por quem hoje já dialogo com Ricardo Coutinho.
O tempo dirá.