O juízo de Ricardo

Rio de Janeiro– Antes de chegar ao universo místico da “Cidade Maravilhosa”, ainda em Brasília, ontem, por acaso deparei-me com o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, com uma agenda atribula de compromissos políticos e administrativos na Capital Federal.

Num dos momentos a que se dispôs conversar, diante do famoso “corre-corre”, ele se pôs a analisar e expor suas convicções sobre o exercício no Poder, a promoção real das políticas públicas, a realidade, a equipe e essência de seu Governo.

Vi, ouvi, depois concebi, que Ricardo Coutinho, ressabiado (não nega na cara o receio), não está interessado em pirotecnia promovida pelo marketing e até admite sacrifícios na gestão municipal para não ceder na plenitude o caráter de diálogo e concessões, somente no que for possível, e não reproduza a logística de se fazer do público um aparato de sustento privado.

Seis meses depois de plena administração na maior cidade da Paraíba, Ricardo ainda se ressente da cultura na Prefeitura e fora dela, além da estrutura física deficiente, sem falar na mania que ele diz existir de pessoas não quererem sequer dar expediente, como se faz no ambiente privado.

Além do mais, Ricardo Coutinho está decidido a não barganhar com aliados da Câmara Municipal a qualquer preço, como ele observou novamente. Na prática, foi o recado direto a vereadores do porte de Aníbal Marcolino, insatisfeito, com a estrutura menor disponível na área de saúde, daí o confronto com a secretária Roseana Meira, afora a bronca com o superintendente Alexandre Urquiza, provável candidato a deputado estadual. Neste último caso, é situação que Aníbal reage porque diz existir uso da máquina para beneficiar a candidatura, embora o prefeito não dimensione a coisa por esse prisma.

Aliás, o prefeito disse que não entrará no mérito e questão de disputa interna entre aliados visando a eleição para deputado porque, conforme explicou, se for se envolver nesse jogo não terá mais tranqüilidade.

Na prática, significa dizer que Ricardo se mantém inflexível no movimento produzido com setores da base aliada sobre mais ou menos espaços, portanto, admite até conviver com minoria na Câmara Municipal – o que, em se efetivando, não será o melhor em termos de sossego na gestão do seu futuro político.

O prefeito de João Pessoa, em síntese, pode ( e deve ) enfrentar novas turbulências e até perder apoio na Câmara, mesmo assim fechou questão em não lotear setores do governo.

Enquanto isso…

Exatamente assim, isto é, paralelamente aos passos dados pelo prefeito, seus adversários agem fortemente visando cooptar novamente o vereador Aníbal Marcolino para seus quadros, o que geraria minoria de Ricardo na Câmara.

Para se ter uma idéia, ontem, o governador Cássio Cunha Lima , por telefone, e Cícero Lucena, pessoalmente, se solidarizaram com Aníbal, que se submeteu a pequena cirurgia no joelho.

Ricardo não fez o mesmo pessoalmente (visita), ontem, mesmo com a presença do líder do Governo, Luciano Cartaxo, no Hospital da Unimed, onde ele está internado.

Comoção

O último adeus ao corpo inerte do presidente da Federação Paraibana de Basquete, Antonio Carlos (Totonho), ontem, bem dimensionou sua importância no processo de formação de jovens atletas ao longo dos anos, aqui e fora do Estado.

Sua morte prematura, inesperada, chocou o meio desportivo e de representação da sociedade, tanto que no velório e sepultamento só o pranto se fez sentir pela impotência humana diante de casos assim.

Como disse o poeta, o nome a obra imortaliza.

Reação de Vitalzinho

Embora o presidente estadual do PDT, Chico Franca, tenha anunciado ontem que o diretório nacional estivesse analisando ontem o pedido de expulsão do deputado estadual Vital Filho da legenda, o advogado Marcos Freire, da Executiva, informou ao Portal WSCOM Online, que isso inexistia na pauta partidária.

Segundo ele, o deputado ainda vai se pronunciar, gerar sua defesa diante da motivação do pedido de expulsão, que foi a interrupção de veiculação do programa de TV por inexistir participação da representação parlamentar.

Última

“Esse jogo não vai/ ser um a um…”

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