A procissão do Senhor Morto, nesta Sexta-feira Santa, em João Pessoa, repetiu inúmeros valores em torno do ritual de fé dos católicos em torno do emblema gerado diante do culto à Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, mas um outro se fez distinguido na relação histórica da manifestação cristã.
Andando pelas ruas do Centro da cidade, ouvindo o burburinho de um, a conversa de outro, abstrai como convencimento indiscutível o conceito de que a versão 2005 voltou a juntar fiéis em escala numérica maior do que as dos anos passados.
Antes de ousar entender essa mensuração particular sobre o tamanho da procissão, devo dar ênfase por mérito e só ao fato do cortejo reproduzir a junção democrática e positiva das diversas tribos econômicas e étnicas em torno de uma só fé.
Rico e pobre, branco e negro, mestiço, velho e jovem, etc., todo um mosaico de valores humanos se misturam como se fossem uma só liquidificador de encanto e esperança.
Pude perceber a enorme quantidade de pessoas com aparência humilde, de renda pequena na sociedade, com olhos de fundo como a olhar aos céus pedindo a Deus força sem fim para agüentar a barrar que é viver em desvantagem.
Fez-me lembrar uma tarde de confissão que costumava volta e meia privilegiar-me ao ouvir cada palavra foneticamente bem explicada de D. José Maria Pires uma das mais importantes personagens do século passado para o equilíbrio possível entre as tribos de nossa aldeia tabajara.
Indagava a ele, diante da multiplicação exagerada de miseráveis e pobres no mundo, até quando não estaríamos diante de uma revolução incontrolável das massas para viver minimamente bem? Dizia-me ele: a fé religiosa contém muito o ímpeto nessa direção, meu caro Walter . Só a fé em Deus é capaz de manter a esperança, daí ser possível a contenção do impulso do confronto nessa escala.
Aliás, misturando todos os dados numa só linha de raciocinio, vejo pertinente ainda aventar e concluir que a Igreja Católica, a partir do tambor maior chamado João Pessoa, vive novo momento de ebulição crítica e de recomposição do rebanho de fiéis sob a batuta do arcebispo D. Aldo Pagotto, hoje, seguramente, um influente líder religioso a atrair seguidores.
Deverá, como de sorte os anteriores arcebispos enfrentaram, ter cristãos descontentes com seu modo de tocar nas feridas da vida, sobretudo, os que se inserem nas classes mais abastadas, entretanto, queiramos ou não, D. Aldo tem sido mentor de reflexões importantes para que a sociedade opere soluções para algumas de suas mazelas.
Por esse prisma, ele serve de imã e faz da igreja um abrigo atrativo de fiéis ávidos por fé e resultados proativos na vida de pecadores que somos.
Seguidores antigos
Fazia tempo não via alguns personagens da cidade envolvidos em cenas da própria sociedade. Ontem, na procissão esticada que nem cobra pelo chão, como disse o poeta, e sem precisar esticar o pescoço, deu pra identificar gente como o vereador Fabiano Vilar, Josemar Chaves, e tal.
Até Marquinho da Paz, voz ativa da radiofonia e condutor das lutas da comunicação outrora forjada na Albânia comunista, estava lá no meio da onda humana de arrepiar corações.
É, pelo visto, a Procissão se fez maior.
A praça
A Sedurb e a Seinfra secretaria de trato físico e real com os equipamentos da cidade precisam, urgentemente, dar um trato na Praça João Pessoa.
Não há nada de horrível, mas por se tratar da principal praça da cidade abrigando os Poderes constituídos da Cidade, é incompreensível ver o mosaico se quebrando, alguns bancos deteriorados, postes sem lâmpadas e o jardinamento descuidado.
Foi o que ouvi, à distância, de alguns turistas se amontoando em torno do monumento a João Pessoa, no meio da praça.
Umas & Outras
…A Faculdade de Direito, da UFPb vai mesmo sair da Praça João Pessoa. A propósito, por sua localização e história, caberia como ambiente para criar ali um Museu da cidade.
…Por telefone, o senador Efraim Morais falou ao WSCOM Online, ontem, do susto que foi conviver com o roubo de seu carro (Pajero) pelo perigo em torno de Zezinho (motorista e assessor) e da esposa Ângela.
…Também nos Feriados, fins-de-semana
…Quinta-feira, o senador José Maranhão vai ao Vale do Piancó.
…Tem gente da administração ainda se ressentindo por não ter sido convocado para novas missões.
Última
Também sou teu povo senhor/ estou nesta estrada…