O instrumento derradeiro

Toda democracia que se preza, a partir da linha européia, tem como trunfo na manga o instrumento da Medida Provisória que, na relação Governos – Parlamentos, serve para resolver as broncas dos Executivos, como acontece nesta quinta-feira na Prefeitura de João Pessoa.

Ontem, em meio a um grupo de empresários ligados ao comércio da Capital ( leia-se CDL), o prefeito Ricardo Coutinho anunciou que, nesta data, confirma a adoção de Medida Provisória para consolidar o Fundo da Microempresa, que tem o nome sofisticado de Empreender – JP.

Na prática, significa dizer que Ricardo Coutinho resolveu adotar remédio extraordinário diante da má vontade da Oposição em discutir e votar a medida fundamental para a existência de fluxo migratório de recursos, via o Fundo, dando suporte ao programa de incentivo às microempresas.

A medida, de fato, dá sustento imediato, embora não se possa ignorar que a adoção das MPs exige tato especial por parte do Executivo uma vez que, mais na frente, pode trancar a pauta dependendo do volume das novas medidas que venham a ser editadas em caráter extraordinário.

No caso do Empreender – JP, agora vai restar ao Secretário da Produção, Raimundo Nunes, cair em campo para gerar as etapas seguintes do processo, ou seja, aditar o programa de apoio à microempresa criando ainda a Agência de Desenvolvimento relativa ao setor.

Como se vê, Ricardo Coutinho está decidido a encarar as dificuldades na relação política com a Câmara adotando os instrumentos possíveis – entre eles as MPs – para não atrapalhar os projetos especiais do Executivo, embora seja adequado não esquecer a relação pessoal com cada vereador porque, esta sim, é a forma natural de cuidar dos problemas diante do Legislativo.

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