O Secretário Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral, Arnaldo Escorel, revelou ontem que não há em pauta para hoje, 12, a convocação pelo presidente Marcos Souto Maior visando eleição da nova Mesa Diretora no biênio 2004/5.
A informação com caráter simplório deixa de sê-lo quando se trata de pautas corriqueiras do TRE, exceto ao se configurar a inexistência da eleição que definirá o comando da Justiça Eleitoral de agora em diante, mesmo porque estava como indicativo desde o dia 3.
Cada vez mais se fala menos, apesar de existir nos bastidores um volume desencontrado de informações projetando a normalidade do processo, que seria a anterior previsível eleição do desembargador Marcos Souto Maior na presidência e, de anteontem para cá, a hipótese de ascensão do desembargador Antonio de Pádua Montenegro no mesmo posto.
Como o lugar é só um e só há uma pretensão exposta publicamente, a do desembargador Marcos Couto, uma vez que o desembargador Pádua diz não ser candidato a lógica indicaria ser eleição tranqüila, sem sobressaltos.
Mas, a rigor, não é essa a projeção predominante, mesmo com a relutância de Pádua de ser candidato, porque especula-se cada vez mais com base na votação (5 a 2) da última sessão com pouca alteração de lá para cá no sentido de manter mesmo encaminhamento/placar, no caso em sentido contrário às pretensões do ex-presidente do TJ.
Nesse processo deva-se levar em conta o fato de que Pádua, com sua posse confirmada no TSE, passa a ser membro elegível para o cargo de presidente o que não era antes da posse-, visto ser posição admitida apenas para desembargadores, diz o Regimento Interno.
– Não sou candidato, não peço votos, mas não recuso preferência se ela existir sintetizou Pádua em declaração clara, ontem, mas enigmática, a gerar todo o tipo de ilações, inclusive de que, lembrando o caso Pio XI, tenha de assumir o resultado se ele lhe for favorável por opção da maioria da Corte.
É este cenário tem tirado o sono do desembargador Marcos Souto na contramão de uma guerra de bastidores das mais fortes entre as duas torcidas político-partidárias predominantes sobre esse ou aquele encaminhamento.
Eis o raio X da questão, cujo imbróglio o Tribunal não sabe ainda dimensionar enquanto efeito negativo em face das influências externas à Corte.
Apertando o nó
O governador Cássio Cunha Lima reuniu a bancada federa, ontem, em Brasília, para pedir empenho articulado visando acelerar a liberação de recursos diante dos efeitos das chuvas no Estado.
Cássio quer também uma reação política em cadeia para tirar o discurso da Oposição no Estado, sobretudo no quesito de obras.
O periscópio da WSCOM anotou por lá, além de Cássio, o senador Efraim Morais, os deputados federais Inaldo Leitão, Carlos Dunga, Ricardo Rique, Marcondes Gadelha, Philermon Rodrigues e Wellington Roberto.
Troco noutra ponta
Em Brasília, também, o PMDB se articulou para, em audiência com o Ministro Ciro Gomes, cobrar recursos para a conclusão das obras iniciadas no Governo Maranhão e a expansão do dinheiro aos prefeitos.
Os senadores José Maranhão e Ney Suassuna, mais os deputados Wilson Santiago e Benjamim Maranhão disseram ao Ministro que estão solidários, entretanto Ney puxou o coro reclamando a falta de convite do governador, anteontem, para tratar do mesmo tema com Ciro.
PFL inquieto
O PFl não está dormindo de toca. Ontem produziu nova rodada de conversas entre o presidente estadual Efraim Morais, o presidente municipal, Fernando Milanez, o ex-deputado federal João Agripino em torno da candidatura de Reginaldo Tavares.
A tese, depois de tanto moído, foi sair de lá com a ratificação de acordo com o PSDB no Estado, exceto onde não for possível.
Nesse caso, estão João Pessoa, Esperança e outros municípios.
Assédio ao PL
O deputado federal Wellington Roberto disse, ao ser abordado pelos pefelistas, ontem, dois dias depois de encontro com Cícero Lucena, que vai adotar uma pesquisa para saber o futuro apoio do partido.
No PFL, isso significou ganhar tempo para chegar perto. Entre os do PSDB a informação predominante é de que o PL estará com Ruy.
Umas & Outras O governador Cássio bem que poderia abrir exceção ao Folia de Rua e Carnaval Tradição de João Pessoa pela natureza artístico-cultural de tantos anos, sem fins lucrativos para incrementar esses dois movimentos importantes com recursos de monta possível aos cofres do estado.
O coordenador da campanha de Avenzoar Arruda, deputado Rodrigo Soares, acha que até o período de registro de chapas, seu candidato estará em condições melhores até do que o concorrente do PSB.
Em Piancó, Salviano insiste em candidatura de Oposição para fazer diferença eleitoral.
Sexta-feira tem abertura do Folia de Rua. Além do Anjo Azul no beco da Faculdade de Direito, tem a turma do Pingüim no Pavilhão do Chá e o Picolé de Manga no Cordão Encarnado.
Na mesma abertura, sai ainda o Confete & Serpentina , na Praça Dom Ulrico, ao lado da Basílica Nossa Senhora das Neves com direito a show do grupo `Samba da Paraíba´, Orquestra de Frevo atraindo várias gerações em torno de carnaval com temas antigos. Todos estão sendo convidados.