Pra que serve a UFPb

Principal referência do conhecimento vivo e da memória acadêmica da Paraíba, a Universidade Federal nem por galgar o estágio reconhecido de sapiência pura, do que há de melhor, pode se furtar a reconhecer a crise ou decadência dos últimos tempos.

Trato do assunto assim e já agora, porque tenho sido abordado com relativa freqüência por agentes da academia, do alunado e corpo técnico-administrativo sobre a germinação da sucessão na UFPb, mesmo há tanto tempo de distância do novo Reitorado.

Antes de mais nada, quando falo de decadência não a atribuo ao Reitor Jader Nunes, reconhecido gestor, que apenas pega no rabo do foguete em sua fase mais agonizante. A rigor o buraco é mais embaixo, portanto, a conjuntura de agora é só o somatório de políticas mais gerais desencontradas, de administrações experimentais a não ir fundo nas questões fundamentais gerando ao final a crise forte do tamanho presente.

A realidade porque passa a UFPB não é diferente das demais instituições, entretanto, há alguns fatores próprios inerentes à realidade local. A sensação de quem está fora dos bancos universitários ainda é da existência latente de distanciamento entre a produção acadêmica e a realidade fora da cerca em torno da universidade.

É como se formássemos inúmeras gerações desconectadas do fazer cotidiano da sociedade pela defasagem com que se encontra a estrutura de sustentação dos diversos cursos diante de docentes capazes, mas desencantados e distantes da maestria.

Não é só a falta de laboratório, escassez de dinheiro para pagar a conta da luz, do telefone e da água ou inexistência de renovação de equipamentos na velocidade do que o mercado produz.

Faz parte de uma coisificação a nocautear a Universidade desde quando não soube mais conduzir a primazia ideológica como formação de uma nova sociedade diante de um modelo marxista fracassado, hoje só nas lembranças. Como outras escolas, desde aí a UFPB perdeu seu prumo de luz e ainda hoje não sabe para onde lado clarear.

Volto a repetir: a sensação é de que resiste o corporativismo gerando cultura arraigada a vitimar o coletivo processual dos novos tempos em nome de prerrogativas que se justificam apenas no privilégio de quem acumula conhecimento e não abre mão de conquistas.

Tudo bem que os bolsos dos professores e técnicos andam aquém da realidade merecedora, mas a questão de fundo passa por uma crise existencial que mexe com grana e, sobretudo, a inexistência de modelo a seguir.

O que fazer para justificar na sociedade que a Universidade já não sabe construir os novos caminhos diante das mazelas da própria sociedade, porque ela é vítima do mesmo redemoinho? Estamos formando que profissional, com que perspectiva sem ser apenas no mecanicismo de juntar gente, horas, cadernetas e notas em sala de aula para produzir diplomas de usufruto qual?

Jader não é o responsável por tudo isso – repito – mas será no final do seu Reitorado que a maior das perguntas elegerá o futuro Reitor: para onde e como ir exercendo o papel histórico de formar cidadãos do Século XXI na UFPb?

Fim da harmonia

Não resistiu às 24 horas o acordo da bancada federal da Paraíba para harmonizar emendas comuns do Orçamento de 2004 em obras e serviços no Estado.

Ontem, à tarde, os deputados Adauto Pereira e Carlos Dunga reconheciam que o acordo estava quebrado, portanto, havia nova onda em discussão por blocos ou grupos.

E aí cada um ficou na sua.

Encontro realizado

O presidente regional do PMDB, Haroldo Lucena, rebateu duro a uma informação da Coluna dizendo que não haveria reunião do seu partido com o PT, ontem. Mas houve, como anunciamos.

A reunião entre os dois partidos aconteceu no gabinete da deputada Lúcia Braga com direito às presenças dos senadores José Maranhão, Ney Suassuna, de Avenzoar Arruda, Adalberto Fulgêncio e Manoel Júnior.

Nessa hora, Haroldo foi visto no hotel, em Brasília.

20 anos de ECC

A Câmara Municipal registrou sessão especial, ontem, por conta dos 20 anos de atividades do ECC – Encontro de Casais com Cristos – movimento religioso com adeptos em diversas camadas sociais da cidade.

O vereador Aristávora Santos foi o responsável pela propositura.

Shopping vs curadoria

O Curador do Meio Ambiente, promotor José Farias, disse ontem que até o início da semana formaliza Ação Civil Pública na Justiça pedindo o embargo da construção do Edifício Garagem do Manaira Shopping.

Ele aponta ainda a necessidade de reposição da área afetada.

Umas & Outras

… O professor Orlando Villar garantiu ontem no WSCOM Online – www.wscom.com.br – que será candidato a reitor da UFPb ano que vem.

… O novo imortal da Academia de Letras, Juarez Farias, defende a disponibilização ou abertura do acerco da APL à sociedade como um todo para pesquisas.

… O advogado José Ricardo Porto registrou queixa na Polícia contra ameaças sofridas durante entrevista. Tudo por conta de panfleto distribuído se referindo a filhos de ministros na disputa da OAB/PB.

… O Doutor em História, Sales Gaudêncio, depois da titulação na USP, foi visto ontem em Brasília.

Última

` Qualquer maneira de amor valerá…´

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